Durante dois dias os visitantes poderão conhecer a arte de moldar o ferro
Nos dias 26 e 27 de maio, Montenegro recebe uma novidade cultural no Vale do Caí. O 1º Encontro de Cutelaria vai acontecer no CTG Estância do Montenegro e receberá expositores de todo o Estado, para oficinas de forja, comércio de facas e acessórios.
Segundo um dos organizadores do projeto, Edar Borges Machado, por meio de um grupo de amigos que visita feiras deste ramo, ocorreu a construção da viabilidade do evento. “Procuramos algumas cidades a fim de sediar o encontro, mas em contato com o CTG Estância do Montenegro, e por ser a maior cidade do Vale do Caí, acontecerá em Montenegro”, afirma. A Associação dos Cuteleiros do Rio Grande do Sul foi convidada para apoiar a organização e, até agora, já confirmou cerca de 20 expositores.
O público poderá circular pelas bancas e conferir diversos modelos de facas, adagas e demais acessórios de cutelaria, os quais serão comercializados por preços variados. Conforme Edar, haverá demonstração da fundição do ferro e dos passos para a montagem de uma faca. “As pessoas acompanharão como se faz a afiação, bainha e como lidar para preservar a qualidade e a conservação correta do produto”, destaca.
Outro detalhe será o churrasco e a comida campeira servidos como opção gastronômica. A expectativa é otimista. “Acreditamos que teremos um bom público, embora seja a primeira edição de um encontro cuteleiro no Vale do Caí”, finaliza Edar. No sábado, dia 26, a visitação será das 10h às 20h e domingo, dia 27, das 10h às 18h.
SAIBA MAIS
Também chamada de armiaria ou armoaria, o termo soa estranho aos nossos ouvidos. No entanto, é a arte e o ofício dos artesãos fabricantes de instrumentos de cortes facas, facões, espadas, adagas, punhais, machados, além de outros objetos do tipo. Sua origem é percebida no início da civilização, quando os homens primitivos utilizavam o fogo na fabricação de utensílios, os quais eram afiados e importantes para a evolução humana.
Em algumas festas e até na rua, algumas pessoas andam com a faca pendurada na guaiaca, no entanto, seu uso não deve ser indiscriminado. Edar Borges Machado explica que a faca é parte da indumentária gaúcha na lida campeira. “Quando o gaúcho está a cavalo, pode usar no corte de galhos, laço e para a defesa no mato, bem como para descascar uma fruta e cortar a carne do churrasco. Fora isso, a faca não faz sentido e não se justifica”, afirma.