Primeira Nota Técnica para recuperação do solo

Produtores podem acessar online o amparo científico pós-enchente

Está disponível para consulta dos agricultores e pecuaristas a primeira de uma série de publicações com recomendações para a recuperação de solos agriculturáveis, após as enchentes de maio. A Nota Técnica nº 1 pode ser baixa no site da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). O trabalho conjunto de Emater-RS/Ascar e Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da Ufrgs (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) aponta ações iniciais para restituir os nutrientes da terra.

“A produção dessas notas técnicas possibilitará o embasamento científico e a divulgação do conhecimento na área, visando nortear técnicos, produtores e entidades”, ressalta o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti. O chefe do Departamento de Solos da Faculdade de Agronomia da UFRGS, professor Élvio Giasson, destaca o papel da academia para restabelecer as bases dos sistemas produtivos. “É uma situação nova, o pessoal do campo está querendo orientações sobre como agir, e fomos buscar na literatura internacional casos semelhantes”, revela.

O maior desafio é trazer as terras afetadas de volta aos níveis de produção pré-existentes.

Enchente deixou formação de grandes áreas de sedimentação em áreas planas.

Recomendações da Nota Técnica

As terras agrícolas precisam de reparos biológicos, físicos e químicos, para recuperação da fertilidade antes de retornar à produção.
Entre as práticas recomendadas estão:
– remoção de detritos orgânicos;
– remoção de depósito de sedimentos;
– realização de amostragem e análise química do solo contemplando acidez e disponibilidade de macro e micronutrientes;
– reparo de sulcos de erosão e voçorocas;
– compactação superficial do solo.

Próximas publicações
As próximas Notas Técnicas deverão tratar de recuperação da fertilidade do solo, recuperação de áreas atingidas por voçoroca, tipo de mecanização a ser utilizada na recuperação de áreas e na remoção de sedimentos, entre outros assuntos. “Ainda não há uma definição sobre o número de publicações, mas a ideia é ter entre quatro e seis, com textos curtos, de fácil leitura para produtores e extensionistas”, destaca Giasson. Todas essas orientações os agricultores acessam por meio digital; mas também poderão pedir assistência a respeito, com técnicos da Emater, da Universidade ou Secretária.

 

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