Notícia do início desta noite de sexta-feira, dia 25, é que – a pedido do Exército – o presidente Temer assinou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Esse documento dá as forças armadas poderes de ação nas ruas no intuito de garantir a ordem pública. Em coletiva do governo, em Brasília, o general Silva e Luna explicou que a utilização da lei de garantia e da ordem (GLO) é o instrumento correto para a convocação da atuação das Forças Armadas no Brasil. “Não temos entendimento de que o nosso presidente disse que não seria aplicado dessa forma”, afirmou.
Já o general Severino reiterou que a atuação das Forças Armadas vai acontecer dentro deste contexto. Outra iniciativa que pode ser adotada é a “requisição de bens”, para avalizar o abastecimento à população. O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que o governo poderá requisitar os caminhões e colocar membros das Forças Armadas, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias estaduais para conduzirem os veículos e inclusive pegar mercadorias e levar ao comércio.
Essa postura se adotada se houver o entendimento de que é necessário levar medicamentos a hospitais, alimentos a escolas ou outras prioridades de abastecimento das cidades. Ao lado de outras autoridades, Jungmann insistiu em dizer que o movimento mantido por todo o Brasil é formado por “uma minoria barulhenta”. Ele ainda garantiu que 419 de um total de 938 pontos interditados em rodovias de todo o país (quase 45%) tinham sido liberados até a tarde desta sexta-feira.
Na noite desta quinta (24), governo federal, ao lado de alguns representantes de entidades de caminhoneiros, chegou a anunciar uma proposta de acordo para suspender a paralisação por 15 dias. Mas, pela manhã, os bloqueios nas rodovias prosseguiam. O governo afirma que há uma organização que manipula a greve com objetivos financeiros, e que inclusive duas dezenas de empresários estão sendo chamados a depor.
Jungmann citou uma série de possíveis crimes pelos quais eles podem vir a ser indiciados, como o atentado contra a liberdade de trabalho. “A utilização pelos patrões, distribuidoras, transportadoras, grandes empresas, do movimento para ampliar suas margens de lucro, isso caracteriza locaute e, ao contrário da greve, o locaute é uma ilegalidade”, afirmou.