Dia do Meio Ambiente. As atitudes de cada um no cotidiano refletem na conservação dos recursos naturais
Em casa, na escola, no trabalho, na rua, em num espaço de lazer, em todo lugar e atividades realizadas, o cidadão produz algum tipo de resíduo. Nem seria exagero dizer que se gera lixo até mesmo antes de nascer, mesmo que de forma indireta, pois são muitos os produtos usados pelas mulheres durante a gestação.
Seja na produção, industrialização ou uso de algum ítem, a geração de resíduos é inevitável. O que pode e deve ser evitado, no entanto, é o descarte incorreto desse material, pois gera impacto ambiental. A preocupação com a preservação dos recursos naturais deve fazer parte do cotidiano de todos, pois são fundamentais para que haja vida no planeta. O Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste dia 5 de junho, porém, é uma razão a mais para refletir sobre as atitudes de cada um em relação ao meio em que vive.
Dentro das ações da Semana do Meio Ambiente da Unimed, a colaboradora da empresa Montepel Comércio e Reciclagem, Franciellen Fortes, falou sobre consumo sustentável em palestra realizada no anfiteatro do Hospital Unimed Vale do Caí. A empresa iniciou as atividades em 2002, chegando a comercializar 140 toneladas de material para reciclagem por mês. Franciellen observa que hoje o volume é bem menor, ficando em torno de 60 toneladas. Na avaliação dessa queda, ela cita a recessão econômica que refletiu na redução de consumo e, por consequência, de produção de embalagens e descarte de artigos em geral.
Franciellen afirma que a preocupação com o meio ambiente passa pelo consumo consciente, o que inclui pensar no descarte de resíduos, inclusive, na hora de fazer uma compra. O cidadão deve questionar-se, por exemplo, o que vai fazer com o plástico, a embalagem, as pilhas, enfim, deve ter consciência de que não poderá descartar o lixo gerado em qualquer lugar.
O ciclo da reciclagem começa na hora da compra, passa pela separação do lixo em casa, o recolhimento, prensagem, fundição e laminação, criação de novos produtos e retornando ao consumo. Esse ciclo pode variar conforme o produto, podendo excluir ou incluir alguma etapa.
Franciellen repassou algumas dicas que fazem a diferença na emissão de gás carbônico que impacta no efeito estufa da Terra. Produzir menos lixo, deixar o carro em casa e pegar uma carona ou transporte coletivo, bem como usar recursos naturais de forma racional são algumas atitudes importantes para a preservação ambiental. “Pequenas atitudes fazem diferença no total”, resume Franciellen.
Saiba Mais
– A humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas Terra para atender nossas necessidades de água, energia e alimentos. Não é preciso dizer que esta situação certamente ameaçará a vida no planeta.
– A melhor maneira de mudar isso é a partir das escolhas de consumo. Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em você mesmo. Ao ter consciência desses impactos na hora de escolher o que comprar, de quem comprar e definir a maneira de usar e como descartar o que não serve mais, o consumidor pode aumentar os impactos positivos e reduzir os negativos, desta forma contribuindo com seu poder de escolha para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.
– O consumo consciente é uma questão de hábito: pequenas mudanças em nosso dia-a-dia têm grande impacto no futuro. Assim, o consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Responda rápido: você é um consumidor consciente?
O consumidor consciente é aquele que leva em conta, ao escolher os produtos que adquire, o meio ambiente, a saúde humana e animal, as relações justas de trabalho, além de questões como preço e marca.
O consumidor consciente sabe que pode ser um agente transformador da sociedade por meio do seu ato de consumo. Sabe que os atos de consumo têm impacto e que, mesmo um único indivíduo, ao longo de sua vida, produzirá um impacto significativo na sociedade e no meio ambiente.
Por meio de cada ato de consumo, o consumidor consciente busca o equilíbrio entre a sua satisfação pessoal e a sustentabilidade, maximizando as consequências positivas e minimizando as negativas de suas escolhas de consumo, não só para si mesmo, mas também para as relações sociais, a economia e a natureza.
O consumidor consciente também procura disseminar o conceito e a prática do consumo consciente, fazendo com que pequenos gestos realizados por um número muito grande de pessoas promovam grandes transformações.
Além disso, o consumidor consciente valoriza as iniciativas de responsabilidade socioambiental das empresas, dando preferência às companhias que mais se empenham na construção da sustentabilidade por meio de suas práticas cotidianas.
O consumo consciente pode ser praticado no dia a dia, por meio de gestos simples que levem em conta os impactos da compra, uso ou descarte de produtos ou serviços, ou pela escolha das empresas das quais comprar, em função de seu compromisso com o desenvolvimento sócio-ambiental.
O consumo consciente é uma contribuição voluntária, cotidiana e solidária para garantir a sustentabilidade da vida no planeta.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Tratamento do lixo reflete no trabalho dos catadores
A separação do lixo e o destino adequado beneficiam o meio ambiente e ainda geram emprego e renda de forma direta e indireta. O material alimenta empresas de reciclagem e a indústria, além de garantir trabalho a catadores individuais que transitam pela rua em busca de artigos descartados, e àqueles que se organizam em grupos.
Em Montenegro, a Cooperativa de Catadores Cidade Limpa atua na Central de Triagem, em Potreiro Grande, para onde vai o material da coleta seletiva. O presidente da entidade, Luis Carlos de Lara, observa, no entanto, que a mistura do lixo ainda é uma dificuldade no trabalho e reflete no rendimento dos cooperados. Ele esclarece que, embora para o local devesse ir somente o material reciclável, é grande o volume de resíduos orgânicos que chega misturado no caminhão.
Por haver essa mistura, há um contêiner, deixado pela Komac Rental, empresa responsável pela coleta em Montenegro, em uma das extremidades da esteira de separação do material para ser colocado esse lixo “molhado” e ser novamente recolhido. Lara se queixa da demora da empresa no recolhimento desse contêiner, pois quando está cheio os catadores precisam suspender a triagem.
O problema ocorreu na última quarta-feira, mas o presidente da cooperativa afirma que essa situação se repete com frequência. Os dias parados representam menos lixo separado e queda na receita dos cooperados, que já é baixa, oscilando entre R$ 400,00 e R$ 600,00 por mês. Lara afirma que atualmente há 12 pessoas trabalhando no local, mas que esse número é oscilante e já chegou a cerca de 20.
O encarregado da Komac no município, Joaquim da Silva Oliveira, reconhece a ocorrência do problema, mas esclarece que o caminhão utilizado para buscar o contêiner estragou e, por isso, o recolhimento só foi possível na noite de quarta-feira. Joaquim garante que é uma situação eventual e, na avaliação fele, não ocorre com frequência. Os contêineres com lixo são levados para o aterro sanitário em Minas do Leão.