Prejuízo da enchente próximo aos R$ 40 milhões

A Prefeitura de Montenegro divulgou nesta quarta-feira, dia 8, um balanço parcial da enchente que dura 9 dias e ainda está em processo de recuo. Somente nas residências – ao menos 5.340 alcançadas pela água – os custos estimados para recuperação estão avaliados em R$ 37.380.000,00. Em relação ao patrimônio público, nas escolas Valter Belian e Adenillo Rübenich (Creche Tio Riba) o prejuízo inicial é avaliado em R$ 685 mil; enquanto nas unidades de saúde Industrial e Santo Antônio em cerca de R$ 750 mil. Todos ainda são números estimados e não definitivos, inclusive porque resta o impacto econômico, ao qual será somado o setor imobiliário.

enchente de maio de 2024 - Montenegro - maior da história - praça Rui Barbosa
Águas do Rio Caí ultrapassaram a Praça Rui Barbosa em uma quadra da Rua Ramiro Barcelos

A enchente iniciada na semana passada alcançou 11,7 metros, tornado-se a maior na histórica de Montenegro; atrelada aos acontecimentos no Rio Grande do Sul definidos como uma “catástrofe climática”. Em novembro passado, a medição chegou a 9,01 metros e já havia sido taxada como a histórica, ao superar a cheia de 1941, com marca de 9,20. A altura deste ano foi obtida usando a técnica do georreferenciamento, já que a água levou os equipamentos do Sistema CPRM/ Sace, instalados pelo Governo federal no Passo do Manduca.

Em relatório encaminhado à Defesa Civil, a Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento informa que 7.845 pessoas foram desalojadas, 768 abrigadas pela Prefeitura em cinco abrigos. Outro número é dos 2.650 montenegrinos de alguma forma afetados pelo desastre, por exemplo, em restrições aos deslocamentos, cesso ao trabalho, escassez de serviços e mercadorias. Ao todo, 11.263 montenegrinos foram atingidos e ainda sente efeitos da enchente de maio de 2024. Inclusive, o abastecimento de água ainda não foi normalizado.

As vistorias feitas pela equipe da Prefeitura apontam que pelo menos 56 ruas do perímetro urbano ficaram parcial ou totalmente submersas. Os danos provocados no pavimento e calçadas ainda não foram contabilizados, pois algumas vias continuam com água. Também há estragos em diversas localidades do Interior, avaliados pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, Emater e Sindicato dos Trabalhadores Rurais; em especial Porto Garibaldi, Pesqueiro e adjacências.

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