Prefeitura reduz a espera por máquinas no interior

Produtores em dia com suas obrigações têm direito ao serviço das máquinas para diversas atividades nas propriedades

Desde 2005, existe no município um programa que empresta máquinas e mão de obra da Prefeitura para a realização de alguns trabalhos nas propriedades rurais dos montenegrinos. O benefício é voltado para o produtor que está em dia com suas obrigações fiscais e faz a apresentação regular de seu talão de notas. Transporte de materiais como saibro e brita, a abertura de açudes e terraplenagem para acesso ao imóvel são algumas das opções.
Atualmente, a secretaria municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR) – que é a responsável por este serviço – conta com uma escavadeira, duas retroescavadeiras, três caminhões toco, um caminhão truck e uma motoniveladora para este trabalho. Cada atividade tem um número limite das chamadas “horas-máquina” que pode ser requerido, conforme determina a lei.

O titular da SMDR, Ivan Lopes, explica que o produtor interessado, se estiver em dia com suas obrigações, deve procurar a secretaria – que fica na Rua Campos Neto, 777, no bairro Senai – e dar início ao processo. Com o documento emitido em mãos, ele vai até o protocolo, no Palácio Rio Branco e faz o pagamento da taxa (R$ 13,92). A partir dali, a solicitação passa por todos os setores necessários até voltar, autorizada, para a SMDR. Todo este trâmite leva cerca de uma semana, até que o pedido entre na fila para a realização.

“Normalmente segue a ordem de abertura, mas há exceções”, coloca Ivan. “Se for para fazer o acesso para a retirada da produção ou se for a safra da fruta, por exemplo, daí ocorre quase que de imediato o serviço.” Ele conta, ainda, que se máquina já se encontra em uma localidade e há um pedido posterior nas proximidades, essa solicitação também é atendida para evitar que ocorra um deslocamento a mais. É de praxe que, antes de qualquer atendimento, o diretor de infraestrutura rural da secretaria, Estevão Carpes de Oliveira, vá até o local para a análise da demanda.

Fila de espera diminuindo

Secretário Ivan Lopes e o diretor Estevão Carpes explicam o programa

Ivan Lopes conta que, quando assumiu a SMDR, após o impeachment de Luiz Américo Aldana, encontrou muitas destas solicitações em atraso. “Nós pegamos e tinha quase 500 em aberto. Agora já viramos o ano com 154. Uma de nossas primeiras ações foi botar tudo em ordem de data. Daí fomos contatando os que estavam no aguardo”, relata. O titular da pasta avalia que, aos poucos, o atendimento está se alinhando. Atualmente tudo é controlado em um sistema de ordens de serviço que é digitalizado para a apresentação periódica das atividades ao prefeito.

Permuta com a SMVSU
O titular da SMDR relata que é comum uma troca de equipamentos entre sua equipe e a da secretaria municipal de Viação e Serviços Urbanos (SMVSU) – que realiza, dentre outras atividades, os reparos nas vias públicas. Enquanto a motoniveladora frequentemente é emprestada, alguns serviços do Desenvolvimento Rural ocorrem com o trator-esteira da SMVSU.

Esta permuta, como frisa Ivan, ocorre com o uso de bom senso. “Eu não posso estar liberando a máquina se tem muita coisa atrasada por aqui, mas nós fazemos uma programação pela importância da atividade. A Prefeitura é uma só e o município é um só”, pontua. Ele comenta, ainda, que pelo foco dado ao produtor rural, a SMDR tem mais facilidade de acesso a incentivos do governo federal e, por isso, pode investir mais em maquinário.

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