O terreno prometido pela Administração Municipal fica no Aeroclube. Lá será construído um Centro de Recuperação
Falta pouco. Os integrantes da Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais (Amoga) lutam há mais de dez anos por uma área para a construção de um Centro de Recuperação. O tema foi pauta de nova reunião na Câmara, promovida ontem pelo vereador Cristiano Braatz (PMDB).
Participaram do encontro o secretário de Gestão e Planejamento, Rafael Riffel; a diretora de Fiscalização e Licenciamento Ambiental, Joice Lenhardt; a vereadora Josi Paz (PSB); a presidente da Amoga, Maria Luiza Kimura; e a presidente da Associação Cachorreiros e Gateiros, Márcia Elisa de Mello.
A Amoga está a um passo de realizar o sonho. O espaço para a unidade fica junto ao bairro Aeroclube. O processo estava dependendo de definição sobre a divisão do terreno, que seria compartilhado com a Associação Tradicionalista Montenegrina (ATM). Contudo, o anúncio por parte do presidente da entidade, Márcio Mombach, de que a ATM está abrindo mão da área para que seja utilizada integralmente pela Amoga, abreviou o processo.
O secretário de Gestão e Planejamento, Rafael Riffel, explicou que este processo não está atrelado a sua pasta, porém, disse que iria buscar, dentro da Administração, um encaminhamento rápido diante da desistência da ATM. Riffel falou ainda que a destinação da área requer aprovação da Câmara de Vereadores.
Segundo Luiza Kimura, o pleito por uma área para fazer a recuperação dos animais é antigo. “O local onde eu moro acabou virando espaço de recuperação dos animais”, desabafou. Em seguida, manifestou sua satisfação em receber a notícia da viabilidade da cedência de uma área pela Prefeitura.
Luiza adiantou alguns detalhes dos ganhos que a cidade vai ter com relação ao trabalho que será realizado no futuro Centro de Recuperação. Além de socorrer os animais doentes e feridos, também haverá espaço para deixar as cadelas que entram no cio, para posterior castração. “Essa é a melhor forma para tratar a causa dos animais na rua e diminuir essa população”, acrescenta.
Porém, Luiza foi taxativa ao dizer que a proposta não é transformar o local em um canil e observou que os animais recuperados serão disponibilizados para doação. “Em caso de não encontrarem um lar, serão devolvidos ao local onde foram recolhidos”, ressaltou.
Quando questionados se o espaço não vai acabar virando um ponto de “desova” dos animais, a presidente da Cachorreiros e Gateiros, Márcia Elisa de Mello, apontou que isso já acontece. “As pessoas pegam seus animais e abandonam no interior do município e nos bairros mais afastados”, lamenta. Para prevenir esta prática, será utilizada a tecnologia, como a instalação de câmeras. Também haverá continuidade do trabalho de educação e orientação.
A vereadora Josi Paz (PSB) chegou a cobrar um prazo para que o processo seja concluído, mas Riffel preferiu não criar expectativas. Ele apenas disse que a doação da área deverá ocorrer “logo”.
COMO AJUDAR
Como todos os recursos das ONGs Cachorreiros e Gateiros e Amoga são oriundos de doações e ações realizadas pelos associados, quem tiver interesse em contribuir pode entrar em contato pelo whatsapp com Luiza Kimura – 9 9978 114, ou Márcia de Mello – 9 9904 4443.
Vereadores votam doação de imóvel à Prefeitura amanhã
Na próxima sessão da Câmara, que acontece nesta quinta-feira, os vereadores vão analisar três projetos de lei e um requerimento. O mais importante, de autoria do prefeito Carlos Eduardo Müller, autoriza o Executivo Municipal a receber um terreno em doação da ALM Engenheira e Construções Ltda. O imóvel, com 1.161,44 metros quadrados, de formato irregular, fica no bairro Santa Rita, e será considerado área verde.
No parecer jurídico do consultor da Câmara, Adriano Bergamo, consta que a doação visa o atendimento ao previsto no parágrafo 1º do artigo 26 da Lei Estadual 10.116/94, em decorrência da aprovação de projetos para a construção de um empreendimento, condomínio familiar, denominado de Residencial Parque Floresta, localizado no bairro Santa Rita.
De acordo com Bergamo, o imóvel a ser recebido em doação destina-se para reserva/área verde, uma exigência para autorizar o prosseguimento do projeto de construção do condomínio, apresentada pelo próprio Executivo e pela Metroplan. Terça-feira, os vereadores Erico Velten (PDT), Joel Kerber (PP), Juarez da Silva (PTB), Felipe Kinn da Silva (PMDB) e Rose Almeida (PSB), reunidos na Comissão Geral de Pareceres (CGP), aprovaram por unanimidade a matéria, tendência que deve se repetir no plenário.
Ainda na pauta desta quinta-feira, está o requerimento nº 37/18, do vereador Erico Velten (PDT). Ele sugere a realização de reunião para tratar sobre saneamento básico no município. Para participar da discussão, serão convidados representantes da União Montenegrina de Associações Comunitárias (Umac), Central Única das Favelas (Cufa), Movimento Maria-Maria contra a violência doméstica, Movimento de Luta pela Moradia, (MLM), Conselho Municipal de Habitação (Comhab), Conselho Municipal do Plano Diretor (Complad), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Montenegro (Aemo) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Maria Francez e José.
Andrade serão nomes de ruas
Projetos apresentados pelo vereador Joel Kerber (PP) na Câmara de Montenegro darão nomes a duas ruas do bairro Aeroclube. O primeiro denomina a Rua nº 01 do Loteamento Francez de “Rua José Andrade de Oliveira”. Kerber argumenta que denominar o logradouro soluciona o problema de entrega de correspondências e oferece outras vantagens.
Na mensagem justificativa, o vereador cita que o nome escolhido é o de um dos primeiros moradores da localidade. Para a definição, ocorreu um abaixo-assinado na comunidade.
Os mesmos critérios foram utilizados no PL 004/18 para homenagear Maria Ernestina de Oliveira Francez, novo nome da Rua 01 do Loteamento.
A sessão da Câmara inicia às 19h, no prédio da Usina, e é aberta à comunidade.