REUNIÃO com os pais debateu a situação na escola Pedro João Müller
Uma reunião realizada na EMEF Pedro João Müller, em Costa da Serra, teve adesão de dezenas de pais preocupados com a situação precária do transporte escolar nas localidades de Serra Velha, Bom Jardim, Costa da Serra e Sobrado. O encontro aconteceu nessa quarta-feira, 5, e contou com a presença da secretária municipal de Educação, Ciglia da Silveira, e da assessora especial da pasta, Riviane Bühler, que ouviram os relatos e queixas dos moradores.
Riviane detalhou as ações que a Prefeitura está implementando para solucionar os problemas no transporte escolar das áreas rurais. Segundo ela, o serviço é dividido em quatro lotes, com duas empresas responsáveis pela execução do transporte. Nas localidades de Serra Velha, Bom Jardim, Sobrado e Costa da Serra, a empresa Reativa é a contratada para realizar o transporte dos estudantes.
Riviane comunicou que o Município já notificou a empresa Reativa em resposta aos problemas relatados pelos pais. “O caso está sendo analisado pela Procuradoria Geral do Município e pelo fiscal do contrato. Conforme as justificativas apresentadas pela empresa, serão tomadas as medidas cabíveis” afirmou.
Além das medidas imediatas, Riviane disse que a Prefeitura está avançando na preparação de uma nova licitação para o transporte escolar. O novo contrato trará exigências mais rigorosas, incluindo a presença de monitores nos veículos e a utilização de carros mais novos, visando garantir maior segurança e qualidade no serviço prestado. A atual licitação foi estabelecida na gestão anterior, e o novo certame deve levar em conta às demandas e preocupações atuais da comunidade escolar.
Pais relataram as dificuldades
Keli Mariene de Souza, mãe de um aluno do 4º ano que estuda na EMEF Militão José de Azeredo, em Serra Velha, descreveu a luta constante que os pais enfrentam há mais de um ano em busca de uma solução para o problema. “Um dia o transporte está quebrado, outro dia a van não tem o trinco para abrir a porta, no outro arrebenta a correia ou cai na valeta. Cada dia é uma pendenga”, relatou Keli.
Ela destacou que as crianças frequentemente perdem aulas devido a esses problemas. “Em alguns lugares o transporte foi cortado. Disseram que o transporte não tem condições de buscar as crianças”, destaca. Keli ainda mencionou a rotina exaustiva de seu filho, que sai de casa às 6h10 da manhã para chegar na escola às 7h20. “Esperamos que isso se resolva, porque cada vez é uma desculpa diferente. A questão são os veículos, que estão sem condições de transportar as crianças. Queremos um transporte melhor e mais seguro. Não tem como colocar uma criança em uma van que não tem nem trinco para fechar a porta”, concluiu a mãe.
Dorivaldo da Silva, morador de Bom Jardim, também compartilhou sua frustração. Sua filha, que estuda na EMEF Pedro João Müller, em Costa da Serra, enfrenta um trajeto de volta para casa que dura duas horas. “Ela sai da escola às 16h30 e chega em casa às 18h30”, conta o morador. Segundo Dorivaldo, a demora se deve ao fato de um único veículo realizar a rota que cobre quatro localidades, resultando em um trajeto prolongado para as crianças.