O prefeito Kadu Müller passou boa parte da manhã desta quarta-feira, 30, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). Enquanto, na Câmara de Vereadores de Montenegro, os documentos e áudios protocolados pelo ex-servidor público Alex Sandro da Silva, pedindo o impeachment, eram analisados, Kadu, o secretário de Administração, Edar Borges, e o Chefe de Gabinete, Rafael Riffel, registravam Boletim de Ocorrência contra o denunciante. Às autoridades policiais, pedem que qualquer irregularidade seja investigada, mas ressaltam que, não havendo provas, Alex Sandro seja devidamente responsabilizado.
“Se tem corrupção no governo, eu quero ver investigado e que sejam responsabilizados os que cometeram. Mas a quem não cometeu nada e está sendo acusado, eu quero que o autor da denúncia vazia responda por isso”, comentou Edar Borges, ainda na Delegacia.
Com quase 4 décadas dedicadas ao funcionalismo, o secretário não aceita que seu nome esteja sendo colocado como envolvido em irregularidades. “Para nós, servidores públicos, um de nossos maiores patrimônios é nosso conceito, dignidade e nossa moralidade”, colocou. “Eu nunca fui acusado de nenhuma irregularidade e não serei acusado sem responsabilidade, agora. Se tu me acusou, eu quero buscar o meu direito para que tu prove o que está dizendo, se não, eu vou te responsabilizar.”
Borges contou que ele os demais membros do Executivo ainda não tiveram acesso à denúncia protocolada por Alex Sandro na íntegra. Mas lamenta que, nas redes sociais, a notícia do pedido de impeachment já os coloque como “culpados”. “Hoje, se tu acessa o próprio vídeo feito pelo jornal, fica que a Administração é acusada de atos criminosos”, coloca. No documento recebido na tarde de terça-feira, 29, na Câmara, o autor cita irregularidades em licitações como as do transporte escolar e da coleta do lixo, acusando Kadu e cerca de 20 pessoas e empresas de estarem saqueando os cofres públicos.