Construído para ser um Centro Integrado de Treinamento, edificação está parada desde 2018
O prédio construído para ser um Centro Integrado de Treinamento (CIT) no Distrito Industrial de Montenegro pode ser cedido, em parte, para a Brigada Militar. Contudo, para o funcionamento do posto militar, a proposta pode esbarrar na questão do efetivo policial da Brigada na região.
A ideia, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Joel Maraschin, é que parte da estrutura, que está parada desde a sua construção, possa ser um posto avançado da polícia para reforçar a segurança do complexo, que também engloba o Polo Petroquímico e região. “É possível que, já nos próximos meses, estejamos concretizando essa parceria. A curto prazo, foi a maneira mais segura que encontramos de manter o prédio intacto, sem ficar vulnerável a ações de vandalismo ou furto, e de reforçar a segurança do Polo, que hoje não tem a presença da Brigada”, comenta.
A proposta de concentrar um pelotão da Brigada Militar nessa região é bem vista pelo comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (5º BPM), de Montenegro, coronel Oberdan do Amaral. Contudo, para que o objetivo seja alcançado, será preciso reforçar o efetivo policial. Até 2016, a região do Polo contou com um posto da BM. Entre os principais fatores para o fechamento do local estava a falta de servidores. “Não é só questão de estrutura, falta efetivo. Naquela época, muitos entraram pra reserva, outros pediram transferência e não houve reposição”, explica Oberdan. O antigo posto da PM chegou a ter 25 policiais.
“O Comando da Brigada questionou meu interesse na reabertura de um posto policial na área do Polo. Disse que acho necessário. Quem sabe, com a formatura de novos soldados, o que irá ocorrer em setembro, a gente receba reforços para que isso aconteça”, idealiza o comandante do 5º BPM.
Concebido em meio às tratativas de tornar o Distrito Industrial de Montenegro, que fica ao lado do Polo Petroquímico de Triunfo, um polo das indústrias químicas de terceira geração, o CIT foi construído com salas de treinamento, salas de atendimento e um auditório. A ideia inicial era firmar parceria com alguma entidade – possivelmente do Sistema S – para a oferta de cursos de qualificação que atendessem a demanda das empresas do entorno. O investimento foi de cerca de R$ 3 milhões; e a obra viabilizada em parceria com a empresa Hexion em 2018. Porém, sem conseguir viabilizar a parceria e ainda sem demanda das organizações já instaladas no local, desde a entrega, toda a estrutura está parada.
“Com isso, mais de uma vez ao longo dos anos, ele sofreu atos de vandalismo, de furtos e de arrombamentos”, lamenta Maraschin. “Nunca teve material lá dentro, mas arrombavam portas, já levaram fios da instalação elétrica. Tivemos que colocar segurança privada no local e isso reduziu, mas sempre, num descuido ou outro, aconteciam atos de vandalismo.” É também através de parceria com a Hexion que o prédio está sendo recolocado em condições de uso, com melhorias nas pinturas, e instalações elétricas e hidráulicas para a futura cessão à BM. Por ora, o projeto do Centro Integrado de Treinamento ficará em standby.