Após anos de impasse, o prédio onde funcionava o antigo Armazém Griebeler – na esquina entre as ruas São João e Ramiro Barcelos – foi demolido na manhã deste domingo, dia 3. Há anos, o local apresentava risco de desabamento, estando a área até isolada por tapumes, mas um impasse judicial entre o proprietário e a Prefeitura impedia que algo fosse feito.
No prédio, além do Armazém, já funcionou de tudo um pouco. Loja, ótica, sorveteria e comitê eleitoral já estiveram instalados no local no decorrer dos anos. Antigo, ele acabou sendo incluído pela Administração Municipal na lista de imóveis históricos com interesse de preservação – o que passou a demandar maior atenção com intervenções que viessem a tirar dele as suas características originais. Em abril de 2013, no entanto, parte das paredes e do telhado vieram abaixo, inutilizando o prédio. Ali começou todo o impasse.
Incomodado com a situação de ruína com a qual a edificação ficou, o proprietário Paulo Kolberg Neto tentou com que o restante dela fosse demolido. A Prefeitura, no entanto, requeria judicialmente que o local fosse reparado, dado o seu valor histórico e sua presença na lista. O caso foi parar na Justiça. Neto reuniu laudos que comprovavam o risco de queda das paredes que ainda estavam de pé; e o trânsito da calçada foi interrompido devido ao cercamento da área com os tapumes – a colocação foi solicitada por uma desembargadora para garantir a segurança, mas trouxe transtorno aos pedestres.
Quase seis anos depois, o caso culminou na demolição realizada neste domingo. Segundo informações, o pedido de demolição foi deferido pela secretaria municipal de Obras Públicas, sendo o alvará de licenciamento para a demolição dado de acordo com decisão da Justiça. A atividade foi custeada pelo proprietário do imóvel. Apesar de não haver uma relação confirmada, agora, sem os tapumes, a Prefeitura poderá dar sequência à segunda etapa da revitalização das esquinas da rua Ramiro Barcelos – trabalho iniciado recentemente e que encontraria impedimento na esquina com a rua São João, devido a existência do prédio.
