Saúde alerta que todos imunizantes aprovados pela Anvisa e aplicados corretamente são seguros
Há um ano e três meses enfrentando restrições e passando por adaptações no cotidiano, diversas pessoas esperam com ansiedade pelo momento da vacinação. Em Montenegro, a imunização ocorre desde 19 de janeiro deste ano. Até agora, 23.256 (35%) montenegrinos já receberam a primeira dose de algum imunobiológico.
Apesar do cenário de escassez de vacinas contra o novo coronavírus, no Município já são registrados casos de desistência devido à marca do produto. “Eventualmente aparecem pessoas no drive-thru e acabam indo embora quando o imunizante oferecido não é o de sua preferência”, explica a enfermeira Nicole Ternes, chefe do Setor de Imunizações da Secretaria Municipal da Saúde.
No Brasil, estão sendo utilizadas as vacinas Coronavac, fabricada pela Sinovac (China) e Instituto Butantan (Brasil); Astrazeneca, fabricada pela AstraZeneca, Oxford e Fiocruz e a Pfizer, fabricada pela Pfizer e BioNTech. Recentemente também foi inclusa a Janssen, fabricada pela Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Segundo o Ministério da Saúde, à frente do Plano Nacional de Imunização (PNI), não é possível escolher o imunizante que vai tomar. “A vacinação acontece nos postos de saúde com a vacina disponível, não havendo possibilidade de escolha”, informa a pasta.
Nas redes sociais, diversos montenegrinos têm questionado as marcas dos fabricantes dos imunizantes. Esses são apelidados de “sommeliers de vacina”, uma comparação como o especialista em vinhos ou bebidas em restaurantes. “A principal consequência é que algumas pessoas acabam não se vacinando e, portanto, a chance de contraírem a doença e de espalhar o vírus prossegue. Este comportamento coloca em risco tanto quem o pratica quanto aqueles que convivem com ele. E, obviamente, atrasa a vacinação”, diz Nicole Ternes.
Mesmo com diferenças na aplicação ou farmacêuticas, todas aquelas aprovadas pela Anvisa – que estão sendo utilizadas em Montenegro – são eficientes e cumprem com o seu objetivo. “Todas as vacinas, se aplicadas dentro das regras propostas pelos fabricantes, são eficientes”, confirma a enfermeira.
Nicole ainda ressalta que quanto antes ocorrer a imunização, mais rápido a pandemia será superada. “Vacinar-se deve ser um ato de cidadania, um compromisso com o coletivo, com a saúde de todos”, completa. Além disso, mesmo após as duas doses da vacina, as orientações sobre distanciamento social, uso de máscara e de álcool em gel se mantêm.