IBGE divulgou as estimativas populacionais dos municípios brasileiros
Somos 65.264 montenegrinos. Ou, melhor dizendo, moradores de Montenegro. Levando em conta nascimentos e migrações, as estimativas populacionais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram crescimento de 9,8% no número de moradores do Município. Isso desde a realização do último censo, em 2010, quando a população era de 59.415.
Sem censo oficial, anualmente, o Instituto vai apontando suas estimativas. Na comparação com a do ano passado, então, também indicou-se crescimento: a população montenegrina aumentou em 476 pessoas entre 2018 e 2019.
Os municípios vizinhos todos cresceram. Brochier com 5.074; Pareci Novo com 3.837; Maratá com 2.691; e São José do Sul, com 2.408 habitantes em 2019, de acordo com o IBGE. De pequeno porte, os quatro estão entre a maioria no Brasil. É que 68,2% dos municípios brasileiros são como eles: possuem menos de 20 mil habitantes mas, juntos, concentram apenas 15,3% de toda a população do país.
A POPULAÇÃO DO VALE DO CAÍ
MUNICÍPIO | POPULAÇÃO |
Alto Feliz | 3.028 |
Barão | 6.171 |
Bom Princípio | 14.055 |
Brochier | 5.074 |
Capela de Santana | 11.940 |
Feliz | 13.547 |
Harmonia | 4.866 |
Linha Nova | 1.714 |
Maratá | 2.691 |
Montenegro | 65.264 |
Pareci Novo | 3.837 |
Portão | 37.079 |
Salvador do Sul | 7.799 |
São José do Hortêncio | 4.804 |
São José do Sul | 2.408 |
São Pedro da Serra | 3.801 |
São Sebastião do Caí | 25.685 |
São Vendelino | 2.243 |
Tupandi | 4.855 |
Vale Real | 5.913 |
VALE DO CAÍ | 226.774 |
Números mostram que Estado cresce pouco e envelhece muito
A população do Rio Grande do Sul também cresceu desde o censo de 2010. Em proporção menor do que em Montenegro, o aumento foi de 6,38%. A população gaúcha chegou a 11.377.239 neste ano.
Mas uma questão vem preocupando especialistas no que se refere à população em nível estadual. É que o crescimento ainda é baixo em comparação aos demais estados. Na comparação com a estimativa do ano passado, ele é de apenas 0,42%, confirmando uma tendência de crescimento menor do que a média nacional. De acordo com os novos dados do IBGE, o RS caiu de 5º para 6º lugar entre os mais populosos do Brasil.
A situação é tema de um estudo do Departamento de Economia e Estatística, que é vinculado ao próprio governo estadual. O material aponta que o Rio Grande do Sul não atrai gente de fora e que, muitos dos que nasceram aqui, resolvem sair. É o que explica a tendência das mudanças migratórias.
Segundo o levantamento, Santa Catarina – que vem aumentando sua participação – é o estado que atrai a maioria dos gaúchos que migram. Na lista, seguem Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Mato Grosso do Sul como destinos favoritos. Por outro lado, o estado é um dos menos procurado por quem vai migrar, ficando atrás apenas do Nordeste do país.
O estudo indica que, em 2015, o Rio Grande do Sul já tinha um saldo migratório negativo, com 385 mil pessoas de fora morando em solo riograndense, mas, ao contrário, 1,08 milhão de gaúchos vivendo fora.
Segundo Pedro Zuanazzi, pesquisador responsável pelo levantamento, a constatação é negativa, principalmente porque os que vão para fora estão, em maioria, no início da idade produtiva, entre 20 e 25 anos. Assim, o Estado perde jovens e mantém a população idosa, o que compromete a economia. A longo prazo, esse fenômeno ainda dificulta os compromissos obrigatórios, como o pagamento de aposentadorias. Nessa linha, em 2060, estima-se que 30% da população gaúcha terá mais de 65 anos de idade.