Pontos de crochê e tricô viram ato de solidariedade

Integrantes do Maturidade Ativa confeccionam roupas artesanalmente para doação ao HM e outras instituições

Reunidas em uma pequena sala, mulheres aposentadas se encontram uma vez por semana para um ato de solidariedade. Entre sorrisos e xícaras de chá, pontos de tricô e crochê vão dando forma a pequenas roupinhas de bebê carinhosamente confeccionadas por elas, que veem na iniciativa, uma forma de aproveitar o tempo livre e de se integrar à sociedade.

Os encontros acontecem semanalmente e proporcionam momentos de descontração entre as aposentadas

Para as integrantes do Grupo Maturidade Ativa, do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Montenegro, as horas passam rápido durante os encontros, mostrando o quanto as atividades são agradáveis e recompensadoras para aquelas que deixaram de trabalhar e se sentiam isoladas. Nas reuniões que acontecem todas as segundas e quintas-feiras, das 13h30min às 16h30min, são produzidos vestuários infantis e algumas peças para adultos, como meias, blusões de lã e mantas.

O coordenador do grupo, Eduardo Azeredo, destaca que o Sesc busca desenvolver um trabalho para que o público da terceira idade se sinta atraído e possa participar ativamente. Em Montenegro, o grupo é composto por 150 membros.

“O programa é totalmente gratuito e visa a socialização dos integrantes. Além disso, possibilita que essas pessoas saiam de casa e tenham um bom convívio social”, explica o coordenador. “Ao longo do ano, são realizadas diversas oficinas, onde os participantes têm atividades semanalmente”.
As roupas são doadas ao Hospital Montenegro e a creches municipais duas vezes ao ano, na entrada e na saída do inverno. Para a integrante Emília Lopes Nunes, 58, que já fez dois pares de meia e um blusão, contribuir com essa iniciativa reflete diretamente na sua qualidade de vida. “Ter um lugar assim e poder ajudar outras pessoas nos faz tão bem. Isso evita até doenças, tanto físicas, quanto emocionais”, salienta.

As mantas já produzidas para as doação são cheias de detalhes milimetricamente pensados. A responsável pelas peças é Sildena Wandscheer, 75, que sente orgulho de aproveitar cada restinho de linha para dar vida às roupinhas de bebês. “O que eu mais gosto nessa atividade é pegar as sobras e criar algo bonito, usando a criatividade, onde é preciso colocar a cabeça para funcionar”, destaca a aposentada, que se sente grata por ajudar ao mesmo tempo em que é beneficiada.

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