Ponte que cedeu junto ao Rio Caí será demolida

Situação de Emergência. Prefeitura buscará recursos junto ao Ministério da Integração Nacional para nova construção

A principal ponte de acesso ao Balneário Municipal Afonso Kunrath, o Baixio, localizada na Alameda O. Wildner, cedeu durante as chuvas que atingiram Montenegro no final de semana passado. Após passar por uma avaliação técnica da Prefeitura Municipal, o diagnóstico apontado para resolver o problema da estrutura, já com mais de 25 anos de construção, foi a sua demolição. De acordo com a Defesa Civil, ainda não há data definida para a retirada do que sobrou da ponte, porém o Governo Municipal já projeta como angariar recursos para a construção de uma nova via de passagem.

O caminho, até então quase esquecido, agora é o principal

Montenegro deve decretar Situação de Emergência ainda nesta quinta-feira, 27. O que deve facilitar a obtenção de verbas junto ao Ministério da Integração Nacional para viabilizar, com mais rapidez, a obra da nova estrutura. O projeto da ponte já começa a ser planejado pela Administração. Mas, por hora, os cidadãos devem evitar transitar pelo local do desmoronamento. Uma antiga ponte construída com estrutura de pedras, localizada na Estrada Rui Ataíde P. de Vargas, primeira entrada a esquerda após a Escola de Formação de Soldados da Brigada Militar, é a saída para quem precisa acessar a região próxima ao Baxio.

Se para os visitantes do Porto das Laranjeiras a situação é incômoda, para a empresa extratora de areia, a Mineradora São Pedro, a interdição da ponte é sinônimo de transtornos e prejuízos. “Esse transtorno não é só para nossa empresa, nós somos a única mineradora da região e, por consequência disso, fornecemos areia para as madeireiras daqui e de cidades vizinhas”, conta a empresária Tânia Isse, que prevê prejuízos na área da construção civil. Ela relata que, há alguns anos, a antiga ponte de acesso ao Passo do Manduca era o principal caminho usado pelos caminhões que fazem o transporte de areia. Com a interdição da via principal, agora a esperança é conseguir a liberação da Prefeitura para utilizar caminho alternativo. “A gente abriu o acesso, com a Prefeitura, só que tem todos os trâmites legais, ali já era uma entrada, não agredimos nada, mas é preciso um laudo descritivo do local. A gente aguarda o aval do Meio Ambiente para canalizar uma valeta e começar a usar a estrada”, detalha.

Tânia espera conseguir a liberação do Município ainda nesta quinta-feira. Contudo, ela destaca que está ciente que a medida é paliativa. “Nós temos ali uma estrada antiga, que tem um pontilhão antigo, mas graças a Deus, antigamente as coisas eram muito bem feitas, então, é muito forte. Mas ela é estreita, é temporária para caminhões de médio porte . É uma coisa temporária”, diz ela, que salienta também que irá agendar uma reunião com o prefeito para tratar das possibilidades da Prefeitura tomar providências.

Tânia argumenta que o trânsito de caminhões transportadores de areia, sobre a ponte não contribuiu para o fato ocorrido. “Para os leigos é sempre mais fácil encontrar um bode expiatório. O que ocorreu é a erosão da areia que tem embaixo da ponte, ela precisava de mais sustentação nas pontas”, conclui.

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