Polivalente recebe verba para reconstruir quadra

Estrutura foi destruída pelo temporal de outubro do ano passado. Algumas escolas afetadas ainda aguardam repasse

Nesta semana, o governo do Estado anunciou um pacote de investimentos em infraestrutura, educação e segurança. Para Montenegro, o benefício será repassado para o Colégio Estadual Dr. Paulo Ribeiro Campos, o Polivalente, que terá sua quadra coberta de esportes reconstruída. A estrutura veio abaixo durante grande temporal que atingiu o município em outubro do ano passado. A verba repassada é de R$ 17,5 mil.

A informação é da secretaria estadual de Educação. No colégio, foram seis meses de espera desde o incidente. Os escombros da quadra, até hoje, estão no mesmo local. É preciso um trabalho de retirada da estrutura de ferros e concreto para a posterior reconstrução. A diretora, Simone Castro, conta que nos meses de aula foi preciso improvisar para que os alunos tivessem a educação física.

Sem a quadra, as atividades têm sido realizadas nas salas de aula, no estacionamento ou no pavilhão do prédio, conforme a necessidade da disciplina. Desde o temporal, Simone tem ligado praticamente uma vez por semana para a Coordenadoria Regional de Educação (CRE), buscando o recurso. Foi por intermédio do Jornal Ibiá que ela ficou sabendo da oficialização do repasse. Ela conta que pretende ir até a CRE nesta sexta para saber mais detalhes das tratativas.

Ao todo, 34 escolas pelo Estado receberão obras ou reformas a partir deste pacote anunciado, que prevê mais de R$ 3,5 milhões em investimentos. “Fazer obra em escola, por menor que seja, atende o aluno. É qualidade na educação”, afirmou a secretária adjunta de Educação, Iara Wortmann, no evento em que anunciou as medidas. Nenhuma outra escola estadual de Montenegro foi beneficiada.

Sem previsão de vinda da verba, Ciep segue com as telhas de zinco provisórias sobre o setor administrativo. foto: Arquivo/Jornal Ibiá

Ciep e Moojen ainda no aguardo do auxílio financeiro
O Colégio Ivo Bühler (Ciep) foi o que mais teve prejuízos com o temporal de 1º de outubro. Com o setor administrativo destelhado, a chuva avariou computadores, impressoras, a central telefônica e quase metade dos livros didáticos. A perda é estimada em R$ 20 mil.

A solução encontrada pela direção foi a colocação provisória de telhas de zinco sobre o local. O detalhe é que elas haviam sido doadas para a construção de um galpão no pátio. Em outra parte do prédio com salas de aula as telhas também foram perdidas. Ali, com todo o zinco já utilizado no administrativo, o buraco segue aberto até hoje. Os alunos foram realocados.

O diretor, Samuel da Silva Borges, informou ao Estado todo o ocorrido. Um pedido de verba emergencial, então, foi aberto para a compra e colocação das telhas, em um valor de R$ 7.000,00. “Até hoje, eu estou no aguardo”, lamenta. O governo não demonstrou interesse em cobrir as demais perdas com os livros e equipamentos.

Na Escola Dr. Jorge Guilherme Moojen a situação é parecida. Com telhado danificado, a água não vai para as salas de aula, mas fica acumulada na chapa. O pedido de verba para o reparo foi de R$ 1.200,00, mas até agora, nada. “Não tem como fazer reparo. Infelizmente, é só aguardar”, lamenta a diretora, Simone Nunes.

A secretaria estadual de Educação diz que a documentação de todas as escolas avariadas pelo temporal estavam em análise em sua Coordenadoria de Obras do Departamento Administrativo. Prometeu que uma força-tarefa seria montada pelas secretarias de Educação e de Obras, Saneamento e Habitação para que os trabalhos fossem concluídos antes do início do ano letivo de 2018. Contudo, nenhuma medida foi tomada.

Aurélio Porto contou com doações
Também severamente atingida, a Escola Aurélio Porto, teve como telhado um remendo de lonas para impedir a entrada da chuva durante meses. O setor administrativo, com biblioteca, laboratório de informática, secretaria e sala dos professores, foi destelhado. Precisou-se realocar a mobília e redobrar o cuidado com a fiação, que ficou exposta ao tempo.

Após muito contato com a coordenadoria buscando verbas, a diretora, Andréa Kerber Oliveira, resolveu pedir auxílio à comunidade. Reforçando uma parceria de longa data com a empresa John Deere – que já realizou outras ações em favor da escola – conseguiu a doação das telhas e mão de obra. Tudo foi consertado no final de fevereiro.

Apesar da conclusão, a escola ainda espera a verba que lhe é de direito. Andréa conta que esteve em reunião com a CRE no dia 27 e que, ali, lhe garantiram que o repasse já estava liberado. Da última vez que checou a conta, no final de semana, no entanto, nenhum dinheiro havia entrado. A diretora relata, ainda, que o próprio secretário estadual de Obras lhe garantiu a verba até o fim deste mês.

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