CRIANÇA foi reanimada dentro da viatura da BM a caminho do hospital
“Quando abri a porta do apartamento, minha esposa gritou que nossa bebê estava morrendo”, conta Lisandro Nunes, 36, pai da pequena Isabely Vieira Nunes, que nesta terça-feira, 20, completa uma semana de vida. Na quarta-feira, 14, o bebê protagonizou momentos de desespero, mas, graças à rápida atuação da Brigada Militar tudo acabou bem.
Lisandro havia ido ao mercadinho, perto do residencial onde moram, mas diferente do que normalmente acontece, naquela noite não demorou muito por lá. “Tinha uns conhecidos que queriam conversar, mas eu disse que tinha que ir pra casa, que queria curtir mais a nenê. Parecia que tinha uma coisa me avisando que era pra ir logo embora”, relata o pai da criança.
O fato envolvendo Isabely ocorreu por volta das 21h. Aline do Nascimento, 36 anos, mãe da menina, conta que a filha estava no carrinho quando começou a respirar com dificuldade. “Foi muito rápido, quando olhei para o lado ela estava se afogado”, explica. “Peguei ela no colo e tentei reanimar, mas na hora a gente fica em pânico e não consegue fazer nada”, diz Aline.
A mãe relata que a primeira ideia que teve foi de ligar para a Brigada Militar. “Sei que eles são treinados, fazem todos os procedimentos e são rápidos. Na verdade, na hora só me veio a Brigada Militar a cabeça, não veio nenhum outro número. Sabia que viriam o mais rápido possível para socorrer a nenê”, justifica Aline.
Quando Lisandro chegou, a guarnição do 5º Batalhão da Polícia Militar, composta pela soldado Isabel Kranz, 23 anos, e o sargento Rodrigo Romani, 42, já estava a caminho. A jovem soldado, com apenas dois meses de serviço na corporação, teve a agilidade e calma necessárias ao momento. Isabel usou a Manobra de Heimlich para tentar liberar as vias respiratórias da criança, mas o bebê continuava sem apresentar resultados.
Os policiais acharam melhor levar Isabely, imediatamente, ao hospital. No caminho, a soldado continuou fazendo massagens na pequena, que acabou reagindo antes de chegar na casa de saúde. “Procuramos fazer tudo o mais rápido possível dentro da técnica que nos foi ensinada. Graças a Deus deu tudo certo com a Isabely”, conta a jovem PM.
“Talvez, se tivéssemos esperado o Samu, ou levado ela de carro, não tivesse dado tempo de salvá-la”, reflete a mãe da criança. “A gente nunca viveu uma situação assim. Agradeço demais. Eles não foram simples brigadianos que chegaram por acaso, são dois anjos que deram a vida de volta a Isabely”, fala o pai da menina.
Em 15 anos de carreira na BM, essa foi a segunda ocorrência desta natureza atendida pelo sargento Romani. Pai de duas crianças, ele se sente satisfeito com o desfecho dessa história. No sábado, 17, Romani e a colega Isabel foram visitar a pequena Isabely. No domingo houve outro encontro, ainda mais especial, no batizado da pequena. “Fiquei tão grato pelo que fizeram pela minha filha que convidei eles para serem padrinhos dela”, conta Elisandro emocionado.
