TENSÃO. Sem conseguir transporte, mulher pediu socorro à Polícia para chegar ao hospital
A madrugada de 26 de outubro de 2022 ficará registrada na memória de Viviane Castro Lima e do marido dela, Hericksson Lima, como o dia em que o terceiro filho do casal decidiu nascer. Será lembrado também por momentos de tensão, seguidos de gratidão. Para que o filho viesse ao mundo, Viviane precisou da ajuda de policiais da Brigada Militar (BM).
A venezuelana, de 30 anos, relata que acordou durante a madrugada sentido fortes dores. A previsão para o nascimento do bebê era o dia 27, mas ele optou por chegar um pouquinho antes. Tendo contrações em intervalos de três minutos, Viviane e o marido tentaram chamar um táxi ou veículo por aplicativo para ir ao hospital. Devido à hora, não conseguiram. O casal solicitou uma ambulância, o veículo demorou um pouco para chegar e a gestante não conseguia mais esperar. Então, resolveram pedir socorro à BM.
O soldado Lucas Dias estava na sala de Operações do 5º Batalhão da Polícia Militar e atendeu o chamado. O policial tentou acalmar o casal de venezuelanos enquanto despachava o atendimento para a guarnição do sargento Richer Pires e do soldado Giorgio Velasques. A viatura dos soldados Maicon Hofmmann e Giovane Vieira também foi acionada para prestar apoio.
Segundo Richer, todo o atendimento, desde a ligação até a chegada no hospital, levou cerca de 10 minutos. “Primeiro, localizamos a casa, era uma das últimas do terreno. Ela estava sentada em uma cadeira do lado de fora. Fui até lá e, enquanto falava com ela, pedi ao colega que entrasse no pátio com a viatura”, conta o sargento. “Carregamos ela até a viatura e, já na saída da casa, pedimos para o radioperador ligar para o hospital e solicitar que nos aguardassem no setor da Emergência, para que ela fosse atendida o mais rápido possível”, recorda-se Richer.
Velasques conduziu a viatura até o Hospital Montenegro 100% SUS, enquanto Richer fez companhia e tentou manter Viviane calma e aquecida no banco de trás. O pai da criança também foi para o hospital, mas na viatura de apoio, com os soldados Vieira e Hofmmann. No final da cena, a grávida chegou ao HM, logo foi atendida e viu nascer seu segundo filho homem.
Richer diz que o casal demonstrou muita confiança nos policiais envolvidos no atendimento. “O marido dela deixou a gente tomar conta da situação. Estavam muito gratos por terem recebido nossa ajuda”, comenta.
Morando em Montenegro há dois anos e meio, o agradecimento de Viviane ainda é em Espanhol, “Estoy muy agradecida con la Brigada. Que Dios los bendiga”. Mais importante que entender seu idioma é compreender o desejo contido nas palavras direcionada aos policiais que a ajudaram.“Estou muito agradecida à Brigada. Que Deus os abençoe”.
Para os PM’s, o momento também será guardado na memória. “Ficamos gratos por poder ajudar e saber que tudo deu certo. São ações que podem parecer pequenas para quem vê de fora, mas para a pessoa que precisou da ajuda, é algo muito importante”, comenta Richer.
