Uma videoconferência, na manhã da sexta-feira, dia 15, debate o Plano Safra 2020/2021, com lançamento previsto para o mês de junho, com foco na inserção de políticas de desenvolvimento específicas para a Região Sul do Brasil. Na mesa estavam o Ministério da Agricultura (Mapa) e a Regional Sul da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que engloba o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e o Paraná.
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, coordenador da regional, apresentou as demandas que interessam diretamente aos agricultores e pecuaristas familiares. Uma das questões mais importantes é a respeito dos juros cobrados pelo Pronaf investimento, que tem como taxa 4,6%. “Temos uma taxa Selic de 3%. Não é possível cobrar juros tão mais altos dos nossos agricultores”, afirmou.
Em relação ao Pronaf Investimento, a Região Sul pede para que o Mapa avalie as razões que levaram a falta de crédito, constatada em alguns momentos nos últimos dois anos; e, também, ressaltou a necessidade de ampliar os valores para o Pronaf Habitação.
Silva também levou ao ministério a preocupação com um possível fim do Proagro. O secretário de Política Agrícola do Ministério, Eduardo Sampaio, disse há a intenção de término, mas que não aconteceria neste ano. Isso daria tempo para que sejam realizados ajustes e debates com as entidades buscando o alinhamento da proposta. Para este ano, seria realizado um piloto com algumas culturas.
O presidente classificou a videoconferência como positiva, pois o Mapa demonstrou mais uma vez estar disposto a dialogar com as federações. “Precisamos avançar em alguns pontos, principalmente para os agricultores e pecuaristas familiares gaúchos estão sofrendo com a estiagem e com os efeitos do Coronavírus”, salienta. A ampliação do crédito fundiário e habitação rural também foi abordada. Para os próximos dias, novas videoconferências serão realizadas entre a Regional Sul e o Ministério, para tratar especificamente do Proagro e do crédito fundiário.