A Polícia Federal deflagrou na manhão desta quarta-feira, 07, a Operação Caementa, para reprimir crimes de lavagem de dinheiro, fraudes e corrupção, supostamente praticados por empresários que atuam no segmento de produção de concreto, extração e comércio de areia e pedra. A ação teve apoio da Receita Federal.
Além de São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, foram cumpridos oito mandados de prisão e 37 de busca e apreensão nos municípios de Santa Maria, Porto Alegre, Bagé, Carazinho, Caxias do Sul, Frederico Westphalen, Garibaldi, Maquiné, Panambi, Passo Fundo, Rosário do Sul, e Três de Maio, e em Camboriú, no Estado de Santa Catarina.
As oito prisões ocorreram em Santa Maria, onde fica a sede da empresa. No Caí, onde há apenas uma filial, houve apenas apreensão de documentos e veículos. De acordo com a assessoria da Polícia Federal, as investigações já ocorrem desde 2014 e passaram por diversas fases, culminando com o cumprimento dos mandados nesta manhã. Agora serão analisados os documentos, realizados inquéritos e definidos os novos passos da investigação.
Até o momento, foram apreendidos 365 mil reais e 20 mil dólares, além de documentos, arquivos digitais, celulares, e bens bloqueados por determinação judicial.
Mais de 150 policiais federais e 16 auditores fiscais trabalham na operação. São objeto da investigação, 14 empresas controladas por um único grupo estabelecido em Santa Maria.
O inquérito policial indica que os investigados teriam sonegado tributos e contribuições sociais, desviado patrimônio das suas empresas endividadas que se encontram em recuperação judicial e ocultado o proveito dos crimes por meio da criação de empreendimentos de fachada.
Os crimes investigados na Operação Caementa são organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, omissão de vigência de contrato de trabalho, crimes falimentares, fraude a licitações, extorsão e corrupção.
O nome da operação é uma referência ao termo latino caementa, que significa “pedras pequenas”.