A Petrobras anunciou que, a partir desta sexta-feira, 11, o diesel e a gasolina vão começar a sair mais caros das refinarias. O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86, num aumento de 18,8%. Já o diesel terá o preço médio saltando de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, numa alta de 24,9%. Há 57 dias, a estatal não promovia reajustes nos preços que, equiparados com a cotação internacional do petróleo, vinham sendo bastante pressionados em razão da guerra na Ucrânia.
“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, justificou a Petrobras. Em Montenegro, nesta quinta-feira pré reajuste, a gasolina comum vinha sendo vendida por, em média, R$ 6,26. Há semanas, o valor praticado no Município vem sendo mais alto que o de cidades da Grande Porto Alegre – São Leopoldo, por exemplo – onde o produto já havia baixado dos R$ 6,00.
Foi anunciada alta também para o gás de cozinha, que não tinha reajustes nas refinarias há bem mais tempo: 152 dias. O preço médio de venda pras distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo; num reajuste de 16,1%.
Em tempo, nesta quinta-feira, 10, o Senado aprovou dois projetos de lei que visam conter as altas dos combustíveis. Um deles determina um valor fixo para a cobrança de ICMS sobre os produtos em todo o País; também com uma alíquota única. O tributo é estadual e, hoje, varia de Estado pra Estado. O outro projeto cria uma conta pra financiar a estabilização dos preços. É um fundo que poderá ser acionado pra amenizar as altas em momentos de aceleração dos valores; que seguem tendo como referência as cotações do mercado internacional. Também foi dobrado o alcance do Auxílio Gás, pago a beneficiários do Auxílio Brasil; e criado um auxílio de até R$ 300,00 pra auxiliar, todo mês, taxistas, motoristas de aplicativo e entregadores a bancarem os custos com combustível. Os textos seguem, agora, para a Câmara dos Deputados.