A tarde de sábado, 9, foi de muita fofura e também de bastante emoção no quiosque da Unimed Vale do Caí (HUVC). Diversas famílias se reuniram no II Encontro de Prematuros da UTI Neonatal do HUVC. O evento comemora o Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro.
Segundo a coordenadora da UTI Neonatal da Unimed Vale do Caí, Augusta Harff, no Brasil, em média, um a cada 10 nascimentos são prematuros. Vários fatores podem ocasionar a prematuridade, entre eles, pré-eclâmpsia, infecção e ruptura prematura da membrana, que é a prematuridade por si só. “Todos os prematuros acabam tendo riscos por nascerem com o organismo ainda imaturo. Esses riscos acabam se mantendo por um tempo, mas, o principal, são nos primeiros meses mesmo”, explica a médica.
Aos quatro meses, Martim Paixão Krigger da Silva comemorava a vida com sonecas gostosas no colo dos pais, Francielli Paixão Krigger e Léo Júnior da Silva. O bebê nasceu prematuramente, com 985 gramas, e passou por duas transfusões de sangue. “Eu internei faltando 10 dias para ele nascer. Então, foi uma luta”, conta a mãe. “Mudou toda a nossa vida. Eu trabalhando aqui em Montenegro, a gente morava em Taquari. Foram 72 dias, sendo nove dela internada antes de ele nascer, e 63 com ele”, recorda o Léo. O pequeno foi um dos mais recentes a sair da UTI Neonatal do HUVC. “Agora é só alegria!”, comemoram os pais.
Os protagonistas de uma das histórias mais marcantes deste final de semana foram Renata Oliveira Pires, Victor Garcia e a filha dele, Melina Oliveira Garcia, de um ano e um mês. Ela nasceu com 25 semanas de gestação, e 645 gramas. “No dia do primeiro encontro a gente estava na UTI com ela. Ela estava com infecção e a gente veio com um pouco de tristeza por deixar ela lá. Mas foi muito interessante para ver os casos de sucesso das crianças”, relata a mãe, emocionada. “É muita gratidão estar aqui. A todo o pessoal da UTI Neo, porque o cuidado deles é maravilhoso e foi essencial para o bem-estar dela”. Como a Melina estava na UTI no dia do primeiro encontro, em 2018, os pais tiraram uma foto com um balão, para simbolizar a filha. “Falei que faria a foto com um balão porque no próximo encontro ela estaria junto. E agora ela está aqui. Feliz, saudável e arteira!” revela o pai. A foto foi refeita, dessa vez com a família completa e muito carinho da equipe da Unimed e dos outros pais presentes no encontro.
