Serviço prevê caminhadas de uma hora que garantem desestressar os animaizinhos
Daina e Gerson de Moura são naturais de Bento Gonçalves e vivem em Montenegro, com a filha, há pouco mais de três meses. Eles são Testemunhas de Jeová e, para além do trabalho voluntário de pregação de casa em casa, deram início a um serviço visando incrementar a renda: são passeadores de cachorros.
A ideia já tinha dado certo na cidade natal do casal. Numa cidade grande e com bastante apartamentos, como Bento, fez sucesso o negócio que permitia que os donos fossem trabalhar e os pets pudessem sair a passear e desestressar. A irmã de Daina ficou cuidando do serviço por lá, com a mudança da família para o Vale do Caí. Agora, eles trabalham com forte divulgação através de folders e nas redes sociais para popularizar o trabalho também aqui por Montenegro.
“A gente pega e devolve eles em casa”, explica Daina. “É uma hora de passeio e, a não ser que seja alguma situação especial, eles passeiam em grupo. A ideia é que eles possam socializar.”
Aos poucos, vem dando certo. Apesar da oferta recente, a empreendedora conta que já tem quinze clientes fixos no Município. São donos que, toda a semana, contratam o serviço para seus bichinhos. O valor é de R$ 30,00, mas pode chegar até a R$ 20,00, caso a pessoa opte por um pacote de maior frequência durante a semana.
E não é só uma simples caminhada. Os clientes de quatro patas também fazem corrida e recebem noções de adestramento básico, com aprendizados de como sentar e de não puxar a guia.
Daina e Gerson levam brinquedos para os cães, água e itens para higiene; e garantem que a guia nunca é solta, em prol da segurança do pet. “É uma responsabilidade. Eles são como os filhos dos nossos clientes”, ela avalia.
BENEFÍCIOS
O casal se autointitula “Dog Walkers” (caminhadores de cães, em tradução livre do inglês). Apesar de ser um serviço relativamente novo para Montenegro, Daina conta que a prática já é bastante popular, especialmente em grandes cidades. Ela mesma iniciou ainda no ano de 2009, quando foi para São Paulo fazer um curso sobre a atividade. “Não é tão simples como parece”, ela salienta, contando que foi todo um aprendizado sobre a parte psicológica e física dos animais.
E os cãezinhos adoram o tratamento que recebem. “Eles se apegam à gente. Nós chegamos e eles já sabem do horário, já sabem o barulho do nosso carro. É aquela festa”, relata a empreendedora. “O cão tem a necessidade de viver em matilha; e eles ficam entediados sempre em casa. Eles precisam passear. Precisam conhecer outros cheiros.”
O Parque Centenário tem sido um dos destinos favoritos para a caminhada, mas o casal explica que busca sempre fechar “turmas” geograficamente próximas, para que não se afastem muito dos locais onde os cães já estão mais acostumados. Para o bem estar do animal, eles priorizam pontos com sombra e horários de pouco calor.
Os Dog Walkers também oferecem serviço de hospedagem aos pets.