Passagem sob viaduto é opção mais segura para atravessar a RSC 287

Trânsito deve crescer com o asfaltamento da Selma Wallauer e V. João Vicente

A travessia sob o viaduto da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA) sempre foi apontada como uma opção mais segura, não só de ligação entre o bairro Centenário e a localidade de Faxinal, mas também para acessar a RSC 287.

Com o asfaltamento da estrada Selma Wallauer, que está em obras no Faxinal, a tendência é de que aumente o trânsito de veículos pela Rua Vereador João Vicente. Como não existe trevo de acesso no trecho, junto ao bairro Panorama, a forma mais segura de cruzar a rodovia é por baixo do viaduto. Entretanto, a rua está em condições muito precárias. Junto ao viaduto ainda existem várias famílias morando, inclusive trabalhando com reciclagem, fazendo com que o depósito de materiais deixe a travessia muito estreita. Além disso, faltam pavimentação e iluminação, deixando o local muito perigoso.

Odair Martins mora junto ao viaduto há 32 anos e trabalha com materiais recicláveis

Morador não pensa em sair
Odair José Martins, de 64 anos, diz que mora junto ao viaduto faz 32 anos. Trabalhando com reciclagem e frete, transportando materiais com uma carrocinha com cavalo, aponta que, além dele, mais famílias residem na margem da rodovia. “Nunca caiu carro para cá. Só cai do outro lado”, diz, não temendo o risco.

Mesmo assim, admite que o local é perigoso. “Passa muito veículo”, afirma. Mesmo assim, não pensa em sair do local. Cercado por cães e algumas galinhas, Odair afirma que já houve um movimento para a remoção dos moradores, mas estiveram na Justiça e conseguiram permanecer. Cita que mais quatro famílias residem junto à faixa e viaduto. “É terra escriturada”, garante. “Só saímos se tiver uma indenização ou for para um local bom”, declara.

Rosane Menges diz que moradores pedem melhorias na Rua Vereador João Vicente e passagem do viaduto

Rosane Menges, a Rose, além de residir próximo ao viaduto, mas na Rua Vereador João Vicente, também possui um salão de beleza no local. “Moro aqui há 17 anos. Já fizemos reunião com os vereadores e Prefeitura. Tem o problema da tubulação, de mais de 30 anos, que não dá conta. E com o grande fluxo de veículos tem muita poeira”, relata, citando os alagamentos e a falta de pavimentação. “Como ficou muito estreito debaixo do viaduto, está muito complicada a situação. Muito lixo e não tem onde estacionar”, completa. Segundo ela, os principais pedidos são de uma nova tubulação e asfalto. “Passa muito carro, principalmente na hora do almoço e no final da tarde. Aumentou muito o trânsito com o mercado novo, volta das aulas e as obras da Selma Wallauer. É uma correria todos os dias”, diz a moradora.

Prefeitura quer asfaltar e conversar com moradores

A RSC 287, no trecho de Montenegro, entrou no processo de concessão. Por isso a responsabilidade pela rodovia passou da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para a concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). Inclusive a concessionária já mencionou que pretende recuperar pontes e viadutos. No caso do viaduto da antiga Rede Ferroviária, as muretas estão quebradas devido às colisões de veículos.

Muretas do viaduto foram quebradas em acidentes

A Prefeitura, por sua vez, informou que está realizando as obras de tubulação da drenagem na Rua Vereador João Vicente, próximo da nova creche (EMEI Centenário). E depois será feito o asfaltamento do trecho, que atualmente está com calçamento irregular. De acordo com a Administração Municipal, a ideia é também conversar com as famílias que residem junto ao viaduto para entrar em acordo, visando a remoção dos moradores, possibilitando mais segurança na travessia e o alargamento da passagem.

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