A prática é bastante comum na cidade, principalmente no centro e junto às escolas, podendo causar acidentes graves
A parada é sempre “rapidinha”, mas o suficiente para causar transtorno e gerar congestionamento nas vias públicas. A consequência dessa atitude são as recorrentes filas duplas, que geralmente acontecem nas saídas das escolas e centros da cidades.
Embora a ação seja considerada infração de trânsito, podendo gerar multa, a prática é muito comum e a justificativa dos condutores é a falta de estacionamento em lugares com maior fluxo. O aposentado Djlmo Hensel, 71, comenta que diante dessa situação o poder público deve buscar mecanismos para solucionar o problema.
“Para evitar essas formações de filas duplas no trânsito, deveria existir em cada quadra, nesses lugares mais críticos, uma vaga de estacionamento destinada às paradas rápidas, de preferência encostadas ao espaço de uma entrada de garagem para facilitar a manobra”, sugere o aposentado.
Depois de anos de experiência como taxista, Hensel acredita que mudanças como essa iria contribuir com a qualidade do tráfego. “Tudo que existe hoje é a dificuldade para quem quer encostar o carro para alguém subir ou descer”, ressalta. “Só a multa para essa infração não vai adiantar, é preciso existir aquela vaga para embarque e desembarque, essa é a grande falha que o trânsito tem”, disse.
O diretor de ensino de Centro de Formação de Condução (CFC) Vinicius de Oliveira, explica que esse tipo de infração, qualificada como grave, é recorrente em vários municípios brasileiros. “A obstrução das vias com a formação das filas duplas acaba prejudicando toda logística do trânsito e as pessoas acabam esquecendo isso”, salienta.
Há 22 anos atuando nessa área, o diretor de ensino destaca a importância das pessoas se programarem para realizar atividades como deixar as crianças nas escolas, ir ao banco ou qualquer outro lugar com grande fluxo de veículos. “Assim, o condutor terá tempo suficiente para procurar uma vaga de estacionamento e evitar as filas duplas, evitando multas e até acidentes graves”, explica. “Além de mais fiscalização, ainda falta muita educação no trânsito”, disse.
Procurado pela reportagem, o Diretor do Departamento de Transporte e Trânsito de Montenegro, Airton Vargas, reforçou a importância do trabalho da fiscalização, afirmando que os responsáveis têm sido bastante atuantes na repreensão a este tipo infracional.
O diretor ainda acrescentou que ações educativas serão realizadas assim que a Guarda Municipal assumir de fato o serviço. Quanto à criação de uma vaga para embarque e desembarque, Vargas destaca que inexiste a possibilidade de reservar espaço para estacionamento junto à entrada de garagem.