Palestra no HM conscientiza equipe sobre doação de órgãos

Ação fez parte da programação do Setembro Verde, realizado pela Cultura Doadora

O Hospital Montenegro (HM) 100% SUS recebeu na tarde de ontem, 26, uma ação em alusão ao Setembro Verde, campanha de conscientização à doação de órgãos. A jornalista Glaci Borges, coordenadora do projeto Cultura Doadora esteve no HM explicando sobre o projeto e das ações de promoção. Criado há sete anos pela Fundação Ecarta em Porto Alegre, o projeto Cultura Doadora atua na constituição de uma rede de informação sobre doação e transplante de órgãos

Em uma palestra para a equipe do HM, que lotou o lugar do evento, Glaci reafirmou a importância da equipe do hospital com o trato dos pacientes e familiares em todos os atendimentos. “Precisamos humanizar a Medicina, para lidar melhor com o familiar, que acabou de perder seu ente querido e está sofrendo”.

Ressaltando a importância de ser doador de órgãos, Glaci enfatizou também a necessidade de a família autorizar a doação. “Hoje é necessário que a família dê o consentimento para realizar a doação, então é importante relembrar sua família que quer ser um doador”, enfatizou ela. Só assim o desejo será respeitado.

O médico Túlio Farret, membro da Comissão Intrahospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott), também explicou um pouco sobre a morte encefálica, e como sua confirmação é decisiva. “Para se declarar morte encefálica, é necessário não só uma confirmação dos médicos do hospital, mas também de uma equipe de fora. Após isso, se realmente confirmada, passa para conversa com familiares a respeito da doação de órgãos.” A taxa de morte encefálica atualmente é de apenas 1%. Desses, 47% são doadores. Se confirmada a morte encefálica, e a família consentir, mais de dez órgãos podem ser transplantados, como coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestino, rim, córnea e osso, entre outros.

De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos, no país 33.984 pessoas estão na lista de transplante de órgãos. No Rio Grande do Sul, 1.319. A grande maioria está à espera de um rim, cerca de 900 pessoas. A idade mínima para doação é de sete dias de vida, e não existe idade máxima para doar órgãos.

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