Márcio Rodrigues da Silva, 38, foi pai na adolescência, aos 16 anos, um desafio encarado com muito amor. Ele conta que não esperava ser pai tão cedo, mas enfrentou a missão sem pensar duas vezes. “Eu sempre gostei de criança, então isso me possibilitou um convívio bem legal com os meus filhos. Hoje as pessoas não acreditam que eu, com 38 anos, tenho um filho de 22 anos”, afirma.
O primeiro filho de Márcio foi Nathan, hoje com 22 anos. Depois nasceram Isabelle, que atualmente tem 14, e Davi, de 9 anos. Ele conta que também foi pai do enteado, Henry, que tinha dois anos na época que casou com a mãe de seus filhos e hoje tem 24. “O Henry e o Nathan cresceram juntos. Então os dois têm um grande papel na minha vida como pai. O Henry, mesmo sendo meu enteado, sempre considerei como meu filho. Por isso, tem esse respeito e esse carinho entre eu e ele”, destaca.
A missão de ser pai de dois filhos na adolescência trouxe mais responsabilidades para Márcio. Ele conta que teve que largar os estudos e se dedicar apenas ao trabalho para manter a família. “Eu já trabalhava na época. Larguei os estudos por um tempo e me dediquei só ao trabalho pra poder dar conta das responsabilidades de ser pai”, aponta. Márcio diz que a paternidade trouxe mudanças na sua vida, sendo a principal o amadurecimento. “Eu tive que amadurecer um pouquinho mais rápido, ter mais responsabilidades e abdicar de algumas coisas pra poder fazer outras”, afirma.
A relação com os filhos sempre foi muito boa. Márcio diz que não foi um pai perfeito, mas sempre buscou melhorar a cada dia. “Como pai aprendi muito, também errei bastante. Não sou um pai perfeito, mas estou sempre procurando melhorar”, aponta. Pela diferença grande de idade entre os filhos, ele afirma que conseguiu ir aprendendo e evoluindo como pai com cada um deles. “Tem uma diferença grande dos mais velhos, o Henry e o Nathan, pra Isabelle e depois pro Davi. Então eu tentei ir melhorando com os mais novos, sempre buscando evolução pra cuidar deles da melhor maneira possível”, destaca Márcio.
Hoje, o principal desafio como pai tem sido acompanhar e fazer parte do dia-a-dia dos filhos, que moram com a mãe, ex-esposa de Márcio. “Como estou separado da mãe deles, às vezes não consigo acompanhar a criação diária, então tu não consegue dar a devida atenção”, diz o pai. A solução encontrada é aproveitar cada momento com os filhos, ouvindo os seus problemas e compartilhando as alegrias. “Quando a gente está junto expõe os problemas e tenta solucionar, um ajudando o outro. A falta de convivência diária às vezes complica. É um desafio constante que tento superar”, conclui Márcio.
O incentivo à prática de esportes
Atualmente Márcio trabalha como pintor, mas também é professor e atleta de jiu-jítsu e está cursando o último semestre de Educação Física na universidade. A sua ligação com o esporte também foi passada para os filhos, que sempre receberam o incentivo para se dedicar a alguma modalidade. Os dois filhos mais velhos, Henry e Nathan, desde criança se dedicaram ao futebol. “Tanto o Henry como o Nathan incentivei a jogar futebol. Eles chegaram a jogar em times profissionais, mas depois não seguiram na carreira”, conta Márcio.
Já os filhos menores, Isabelle e Davi, tiveram o incentivo do pai para lutar jiu-jítsu, esporte pelo qual Márcio também compete. “Os mais novos eu incentivo a lutar jiu-jítsu, porque é um esporte que eu pratico. O Davi, de 9 anos, treina desde os três e hoje já compete junto comigo, então a gente está sempre junto”, diz. Os filhos também dão força para Márcio nas competições que disputa, ele conta que todos sempre estão apoiando em toda a luta que participa. “Os meus filhos são a minha principal força em todas as competições. Sempre estão me apoiando, incentivando e torcendo. Então isso me deixa muito feliz e me motiva a continuar no esporte”, conclui Márcio.