Pai de vítima de homicídio no Aeroclube pede Justiça

Execução. Vítima de 30 anos foi atingida por seis tiros disparados na esquina de sua casa

Leandro de Melo Mateus, 30 anos, foi atingido por seis tiros na noite de sábado, dia 1º de junho. O crime ocorreu na rua Ernandes Azevedo Fernandes, esquina da Benjamin Alves Barreto,no bairro Aero Clube, em Montenegro, na qual moram o pai e a mãe dele, a quem iria visitar. A esposa da vítima estava junto, mas não foi atingida.

Segundo a companheira de Leandro, ambos e o cunhado dela estavam na esquina quando dois homens se aproximaram. A vítima chegou a cumprimentar um dos indivíduos, a quem chamou de “Caquinho”. No mesmo instante o outro homem pegou sua arma e efetuou vários disparos contra ele. A dupla deixou o local a pé e seguiu até a rua debaixo. Lá entraram em um automóvel Voyage prata, como placas do Mercosul, no qual fugiram em alta velocidade após o crime. Foram encontradas no local oito cápsulas calibre 32.

Leandro de Melo Mateus. Foto: Reprodução
A esposa tentou socorrer o marido. Leandro foi levado para o Hospital Unimed em seu próprio carro. Mas, segundo laudo médico já chegou ao local sem vida, devido aos disparos que lhe atingiram o crânio, tórax e mão. A Brigada Militar fez buscas, mas não encontrou os suspeitos. A mulher da vítima não sabe o que motivou o crime.

José Vilmar Ribeiro Mateus, 47, pai de Leandro pede justiça pela morte do filho. “Perder um filho assim, não tem explicação. O coração parece querer sair do peito, não dá vontade de comer ou beber nada. Só o que a nossa família quer é Justiça”.

O jovem, atualmente, trabalhava na coleta de lixo do Município. Também já havia sido marteleiro (operador de britadeira) no Polo Petroquímico. Além disso, apreendeu com o pai o ofício de pedreiro e carpinteiro. Entretanto, em uma fase da vida, deixou de trilhar o caminho do bem.
A vítima possui antecedentes por envolvimento com drogas, lesão corporal, inclusive uma com golpes de facão, posse de arma de uso restrito, ameaça e desobediência e chegou a ser preso por cumprimento de mandado em 12 de julho de 2015.

José Vilmar, no entanto, garante que essa realidade ficou no passado. “Ele tinha passagens, mas estava tranquilo. Quem não erra? Só queria saber de trabalhar e fazer o ‘larzerzinho’ dele com a família”, afirma. Segundo o pai, todo mundo queria bem o Leandro. Ele tinha uma roçadeira a gasolina, revela, e costumava limpar o pátio dos vizinhos sem cobrar nada.

Quando o Ibiá esteve no local, já na manhã de domingo, 2, havia diversas pessoas na rua lamentando o ocorrido. Muitos abraçavam os parentes da vítima, desejavam força e se colocavam à disposição para qualquer ajuda, caso necessário.

Além da mulher e do pai, Leandro deixa duas filhas de 10 e 5 anos, a mãe e cinco irmãos, dois homens e duas mulheres. As filhas, inclusive, iriam junto à casa do avô, mas tinham ficado para trás. O corpo foi liberado ainda no domingo para velório. O enterro ocorreu nesta segunda-feira, 3, no Cemitério Municipal.

A Brigada Militar foi acionada pelo 190 para informar sobre uma briga com disparos de arma de fogo. Quando a guarnição chegou ao local, porém, a vítima já havia sido socorrida. Os policiais ainda fizeram rondas para ver se localizavam algum suspeito, mas não tiveram sucesso. A 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Montenegro vai investigar o crime.

Últimas Notícias

Destaques