Os “antigos” games têm fãs bem atuais

Atari, Super NES, Baby Nes, Megadrive, Nintendo 64, DreamCast, Playstation de 1 a 4 e Xbox One e 360. Nesta pequena lista, está concentrada a diversão e o lazer de muita gente. Atualmente, games com gráficos de última geração são os que fazem mais sucesso, por trazerem imagens tão definidas que parecem reais. Outra vantagem é a disputa entre amigos mesmo à distância, com possibilidade de comunicação em tempo real. Mas, no meio de tanta tecnologia avançada, ainda há apreciadores dos primeiros frutos desse processo.

Isaias é apaixonado por games e criou até um canal no YouTube para compartilhar suas experiências

Isaías Alves, de 31 anos, é um “preservador” de games. Ele gosta tanto dos joguinhos que criou um canal no YouTube, o “Snes Tape” (https://www.youtube.com/channel/UCL7LkJR8WLC2yAP5JgSNKuA) para trocar experiências com a galera que curte os mesmos jogos. “Faço gameplay no YouTube. Quero fazer das 50 fitas que tenho. Mas, por enquanto, fiz apenas cinco. Tem dois vídeos em edição ainda”, conta. Ele diz que nunca comprou Xbox nem PlayStation, mas que tem o Super NES desde 1994.

Contrariando a opinião de muitos, que preferem as novidades que o mercado disponibiliza, Isaías afirma que os games antigos são melhores. “Porque a jogabilidade é a melhor ainda. Meu irmão tem Xbox one, os gráficos são demais, porém a jogabilidade dos novos deixa muito a desejar. O SNES para mim é o melhor videogame, pois ele realmente me desafia. Os jogos do Xbox não têm a diversão do SNES. Quer um exemplo? Jogar Bomberman com a família. O gráfico não importa. O que importa é a diversão”, explica.

DE PAI para filho: desde os três meses, Pedro,
filho de Isaías, demonstra interesse pelo controle

Outra motivação para não largar o velho companheiro de lazer é a aprovação de seu filho, Pedro, de três anos. Ele joga junto com Isaías e também participa no canal do YouTube. O pequeno, aliás, foi o responsável pelo retorno de Isaías ao joystick. Com o trabalho, ele conta que não se animava mais a jogar, porém o interesse do filho despertou a vontade de retomar o velho hábito.

O início de toda essa paixão foi em 1991, quando ganhou de seu pai um CCE Atari. Esse foi seu primeiro videogame, que estragou logo porque Isaías jogava demais. Em 1994, ganhou o Supernintendo, que ele não vende nem troca. “Já quiseram comprar ele, aí eu pedi R$ 10 mil para pararem de insistir. Agora recentemente meu telhado foi levado pelo temporal. Salvei minha esposa, meu filho e, logo em seguida, corri para salvar o videogame”, conta.

Atualidade e antiguidade juntas
Quem também gosta de colecionar games mais antigos é Eduardo Koetz Rodrigues, de 32. Ele, que é mais conhecido como Baby (apelido dado pela mãe), diz que sempre gostou de jogar videogame, porém, na infância, não tinha condições para comprar os equipamentos. Sua primeira experiência com os videogames foi com o CCE, com o jogo River Raid. “Tinha uns oito anos. Mas o game era emprestado, de um amigo do meu irmão”, lembra.

O primeiro videogame que Eduardo comprou foi o SuperNitendo. Devido ao trabalho e ao estudo, ele nunca se dedicou muito aos games, mas sempre manteve por ser uma forma de lazer. “Escolhia um e jogava até o fim. Os mais jogados na época eram Mortal Kombat e Street Fighter”, comenta. Na sequência, ele partiu para o Playstation 1 e depois para o RPG.

Hoje, Eduardo desfruta de um game mais atual: o Playstation 4. Essa preferência se deve à grande opção de jogos novos e à possibilidade de jogar com os amigos, mesmo à distância. Entre os prediletos, o Bloodborne, como estilo RPG, e Rainbow, como FPS. “Jogo sempre que possível. Sou casado e minha esposa não gosta muito dos games e também tem o trabalho durante o dia. Às vezes, jogo por uma hora. Outras passo quatro na frente do videogame. Depende do dia”, conta.

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