Mesmo que fora de moda, os telefones ainda funcionam em alguns bairros
Sim, os orelhões resistem na era da tecnologia. Apesar de antigos, ainda estão presentes em diversas áreas do país e há quem não os troque por um smartphone. Os telefones públicos, que podem ser invisíveis para muitos, são utilizados por outros que, na emergência, por falta de celular, acabam telefonando a cobrar ou com cartão. Em Montenegro não é diferente. Em bairros variados os orelhões podem ser encontrados, mas nem todos estão em operação.
Na rua Treze de Maio, próximo à escola Walter Belian, um dos orelhões foi retirado. Um pouco mais abaixo, outro segue firme, forte e em operação. Ainda em funcionamento, encontramos orelhões na rua Bruno de Andrade, em frente ao CFC; no bairro Timbaúva, em frente ao Supermercado Mombach e na rua Capitão Cruz, atrás da Fundarte. Ainda, há um orelhão em funcionamento na rua João Pessoa, em frente à escola São João Batista, ainda que o visor da placa onde vemos a digitação dos números esteja caída.
Mas nem todos os orelhões estão em operação na cidade. Na rua Olavo Bilac, dentro da escola Delfina Dias Ferraz, há um deles, mas está desativado. Ainda, fora de linha, encontramos outro telefone na rua José Pedro Steigleder, perto da lancheria do Melão. Mas, se engana quem pensa que esses são os únicos orelhões presentes em Montenegro. Eles estão dispostos em diversos pontos e, às vezes, são pouco lembrados.
A montenegrina Zaira Barreto, 70, conta que sabe do funcionamento dos orelhões na cidade, mas que apesar de já ter os utilizado muito, eles já deixaram de ser essenciais. “Eu trabalhei por muito tempo na Companhia Riograndense de Telecomunicações anos atrás, e lá utilizávamos muito os orelhões. Era muito bom quando eles começaram a operar porque tinha bastante telefone residencial. Hoje, existem em pouca quantidade”, pontua.
Zaira, que afirma não fazer mais o uso dos telefones públicos, opina, ainda, que a grande aderência aos smatphones nos dias atuais impacta diretamente na diminuição de uso dos orelhões. “Mas, para quem não tem celular, eles ainda são uma boa opção”.
Já Luciana Garcia, 47, comenta que não gostava muito do uso desses aparelhos de telefone. “Agora está precário, mas até quando era mais utilizado pela população já era ruim. Nem todos funcionavam e eu não gostava”, salienta.