ação visa combater a exploração sexual infanto-juvenil
Uma operação integrada entre forças de segurança do Estado foi deflagrada na última semana. Intitulada Operação Parador 27, a investida coordenada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública ocorre em Montenegro e outros 67 municípios gaúchos, com o objetivo de coibir a exploração sexual infanto-juvenil no Rio Grande do Sul.
A operação que está sendo realizada em alusão ao Maio Amarelo – mês dedicado ao alerta da sociedade sobre o combate à exploração sexual infanto-juvenil – visa a atuação das Forças de Segurança frente a ocorrências e locais utilizados para práticas dos delitos relacionados à exploração sexual tendo como vítimas crianças e adolescentes. O 5º Batalhão da Polícia Militar (5ºBPM) irá fiscalizar pontos vulneráveis, como boates, rastreando possíveis ocorrências de exploração sexual de crianças e adolescentes.
A primeira ação já foi realizada, e contou com o apoio do comando rodoviário da BM e do Conselho Tutelar. De acordo com o major Ricardo Machado da Silva, subcomandante do 5° BPM, foram realizadas abordagens em seis boates, sendo cinco localizadas em Montenegro e uma em São José do Sul. “Foram abordadas 82 pessoas e 23 veículos”, acrescenta. Uma arma de fogo foi apreendida pelos policiais e um homem foi preso.
Segundo a delegada responsável pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) do Vale do Caí, Cleusa Spinato, o órgão também irá participar da operação no Município na próxima data. A data ainda está sendo confirmada.
Conforme dados do Observatório Estadual da Segurança Pública, o número de ocorrências de abusos contra vítimas de 0 a 17 anos no RS, considerando os registros de “exploração sexual infanto-juvenil”, “estupro” e “estupro de vulnerável”, subiu 2% em 2021, na comparação com o ano anterior, de 3.249 casos para 3.305. A alta reforça a necessidade de ações para coibir este tipo de crime, bem como para resgatar vítimas que possam estar sofrendo abusos, além da conscientização dos gaúchos para denunciar às autoridades qualquer suspeita de exploração a crianças e jovens. A SSP mantém o Disque Denúncia 181 e o Denúncia Digital no site da pasta. Em ambos os casos, o anonimato é garantido.