Nesta tarde, a Polícia Civil concedeu entrevista coletiva a respeito da Operação Mascate, que resultou no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão, além da prisão de uma agente penitenciária e dois detentos, em Montenegro.
De acordo com a investigação, a quadrilha tinha um esquema de comércio dentro da Penitenciária Modulada de Montenegro, onde eram vendidos celulares, carregadores, fones de ouvidos e outros objetos e alimentos proibidos dentro da Penitenciária, como chicletes e perfumes em embalagens de vidro.
Foi apurado que a agente penitenciária colocava os objetos proibidos dentro de pacotes de ervas e achocolatado. Ao entrar na Modulada com esses objetos proibidos, eles eram repassados a dois detentos trabalhadores: um da cozinha e outro da manutenção. Não há prova de venda de drogas e armas, mas essa possibilidade não é descartada. A polícia está investigando isso.
Em uma das contabilidades encontradas, há um saldo de até R$ 25 mil, em itens vendidos de forma ilícita na penitenciária.
Presos perderão os benefícios
Um dos presos envolvidos no esquema é um homicida conhecido em Montenegro. Ele teria matado a própria esposa e enterrado o corpo nos fundos da casa. O indivíduo trabalhava na manutenção e, em um mês, teria o benefício do regime semi-aberto.
Outro detento que participava da quadrilha, trabalhava na cozinha. Ele era acusado de roubo e é de Novo Hamburgo.
Agora, eles perdem os benefícios de progressão de pena, ficam no isolamento e responderão novo processo, além daquele que já pesava contra ambos.