Principal empresa do Polo Petroquímico de Triunfo, a Braskem foi colocada à venda por sua controladora, a Odebrecht. O anúncio foi feito aos acionistas na madrugada do último sábado.
A Odebrecht conta com 50,1% das ações com direito a voto na empresa (a segunda maior fatia é da Petrobras, com 47%). Desde seu envolvimento no escândalo de corrupção revelado pela Operação Lava Jato, ela enfrenta grandes dificuldades financeiras, tendo tido sua recuperação judicial concedida pela Justiça no fim do mês passado. A organização já esteve em tratativas para venda com a holandesa LyondellBasell, que acabou desistindo do negócio ainda em 2019.
Em entrevista ao portal Valor Econômico, o diretor financeiro da Odebrecht, Marco Rabello, contou que a preferência pela venda da Braskem é encontrar um único comprador estratégico para a totalidade das ações. Mas ele não descarta outras alternativas que tragam valorização, como a venda em Bolsa. A previsão é que a comercialização ocorra em até três anos.
A Petrobras, por sua vez, também tem planos de vender suas ações da Braskem, o que anima parte do mercado pela possibilidade desta se tornar uma corporação “pura”, com essa venda em Bolsa por suas duas maiores acionistas. O valor total de mercado da empresa do Polo, hoje, é de cerca de R$ 18,6 bilhões.