O que os candidatos à reitoria da Uergs pensam?

Universidade. Eles falam sobre o que pretendem fazer em relação à falta de uma sede própria na unidade montenegrina

Três chapas estão disputando a eleição para reitor e vice-reitor da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul para o quadriênio 2018-2022. O pleito será nos dias 27 e 28 de agosto, com a participação da comunidade acadêmica. Em Montenegro, a unidade da instituição funciona no prédio da Fundação Municipal de Artes e a busca de uma sede própria já motivou diversas reuniões, tanto na instituição como em audiência pública.

E o que pensam os candidatos que disputam as eleições para reitoria? A questão foi encaminhada às três chapas. Em comum nas respostas, percebe-se o reconhecimento de que a instituição está crescendo e que é preciso melhoria na infraestrutura para atender a demanda e fortalecimento da universidade. Na resposta da Chapa 1, formada por Paulo Vanderlei Vargas Groff e Ana Maria Bueno Accorsi, como reitor e vice, respectivamente, é observada a necessidade de parceria com órgãos públicos para garantir sede própria e infraestrutura adequada aos cursos oferecidos em Montenegro.

Na chapa 2, com Leonardo Beroldt para reitor, e Sandra Lemos, para vice, é observado que a demanda por estrutura física em condições de abrigar mais alunos preocupa, mas destaca que qualquer iniciativa não pode comprometer a qualidade que os cursos apresentam.

Na resposta da chapa 3, com Nei Marçal para reitor, e Alexandre Derivi para vice, é observado que outras unidades da Uergs também não possuem sede própria e lembrado que, em Montenegro, a estrutura oferecida pela Fundarte possibilita que os cursos sejam desenvolvidos com qualidade. É dito, porém, que o ideal é a instituição ter estrutura própria, o que lhe garantiria maior autonomia administrativa.

Veja as respostas dos candidatos
Qual a opinião sobre a necessidade de uma sede própria à Uergs, em Montenegro e o que está previsto nos planos da Chapa para essa unidade?

Chapa 1 – Paulo Groff para reitor, e Ana Accorsi para vice
“Temos um posicionamento bem claro em relação ao fortalecimento das nossas unidades universitárias e, entre elas, a nossa unidade em Montenegro e de seus cursos de arte, nessa comunidade de tanta tradição artística. Acreditamos que temos de estabelecer a parceria necessária com os órgãos públicos para garantir sede própria para os cursos de Montenegro, com infraestrutura adequada.
Queremos dar uma atenção muito especial para a atividade fim da universidade, que se desenvolve nas nossas unidades, nas diferentes regiões do nosso Estado. O fortalecimento passa fundamentalmente por duas questões fundamentais: primeiramente dotar as unidades de professores e técnicos-administrativos necessários para atender à realidade dos nossos cursos, para atuarem no ensino, na pesquisa e na extensão, na graduação e na pós-graduação. A segunda questão se refere à infraestrutura e equipamentos. Temos que dotar a unidade de uma sede própria e de equipamentos para atender às necessidades dos cursos.”

FOTO: COMUNICAÇÃO/UERGS

Chapa 2 – Leonardo Beroldt para reitor, e Sandra Lemos para vice
“Desde o ano de 2013, é do nosso conhecimento que professores, corpo de apoio administrativo e discentes da unidade da Uergs, em Montenegro, têm realizado profundas e longas discussões sobre as questões que envolvem o espaço físico (…). É sabido, há algum tempo, que o espaço conveniado com a Fundarte vem dando sinais de limitações de crescimento (…).  Preocupa-nos a demanda por estrutura física, que seja capaz de abrigar mais alunos (…). Por outro lado, é preciso salientar dois importantes pontos: o esforço que a Fundarte vem empreendendo no sentido de juntos buscarmos soluções, haja vista a flexibilização no valor do aluguel na recente renovação do contrato de locação, e o próprio comprometimento de aliar esforços junto ao poder político local e imediações (…). Consideramos como fundamental que qualquer iniciativa que venha concretizar mudanças (…), considerem os fatores que fazem dos cursos de artes da Uergs serem esse potencial de formação (…) e que possam continuar contribuindo com a educação pública.”

FOTO: COMUNICAÇÃO/UERGS

Chapa 3 – Nei Marçal para reitor, e Alexandre Derivi para vice
“A unidade de Montenegro, assim como outras unidades da Uergs, não possui sede própria. (…) Nesse caso, em especial, pagamos um aluguel para podermos utilizá-la. Graças à excelente estrutura oferecida pela Fundarte (…) aqui conseguimos desenvolver, com qualidade, os nossos cursos de licenciatura. Nesse momento, no nosso entendimento, isso é o mais importante. Porém, a universidade está crescendo. É evidente, e é nosso desejo, que a universidade possua a propriedade/cedência de uso de todas as suas unidades e/ou instalações, o que iria contribuir, e muito, para alcançarmos a nossa plena autonomia administrativa. Diante desse cenário (…), é necessário, desde já, planejar nossa expansão. A busca por outras fontes de recursos, visando complementar nosso orçamento, assumirá papel fundamental.
Cabe ressaltar à comunidade acadêmica que vamos trabalhar duro para a manutenção, conservação e realização de todas as benfeitorias necessárias para dar suporte às nossas atividades, em todas as unidades. (…)”

FOTO: COMUNICAÇÃO/UERGS

Obs: Foi solicitado que as respostas se limitassem a 800 caracteres, mas, como algumas ultrapassaram, houve cortes nos espaços, indicados pelos parênteses.

As eleições
As eleições serão nos dias 27 e 28, nas unidades da universidade. Em Montenegro, a Uergs está instalada no prédio da Fundação Municipal de Artes (Fundarte), onde funcionam os cursos de licenciatura em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.
O vencedor será aquele que conquistar a maioria absoluta dos votos válidos. Para isso, está previsto votação em segundo turno nos dias 1º e 2 de outubro.
Estarão aptos a votar, todos os servidores que compõem o quadro de empregos permanente da Uergs, com ingresso através de concurso público, bem como os alunos regularmente matriculados nos curso de graduação e de pós-graduação até o dia 15 de agosto. O peso é igual para os diferentes segmentos, de um terço para votos do corpo docente, do corpo técnico e de apoio administrativo, e dos alunos.

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