Uma das séries queridinhas deste ano, La Casa de Papel, ganhará nova temporada em 2019. O anúncio foi feito pela Netflix neste mês. Iniciada no fim do ano passado, dezembro, e de origem espanhola, ela conquistou, aos poucos, fãs de todo o mundo. E não bastasse, entrou para a lista das mais assistidas do serviço de streaming em língua não inglesa.
A história gira em torno de um grande assalto tramado por oito ladrões à Casa da Moeda da Espanha, liderados por um personagem que se identifica apenas como Professor. Os assaltantes também desconhecem os nomes dos colegas de roubo, sendo chamados por codinomes de cidades como Tokio, Rio, Berlim.. A trama é repleta de muitas cenas de ação, com fugas, tiroteios, suspense, envolvendo ainda muita política e questões sociais.
Com o passar dos episódios, você precisará rever todos os seus conceitos sobre certo e errado, pois passa a se envolver emocionalmente com a história dos assaltantes e a ter empatia por eles. Com a humanização dos personagens, a série mostra as motivações que levaram cada um a entrar no mundo do crime. Altruísmo, parceria, bondade e muitas, mas muitas surpresas são nutridas durante o seriado.
Para a 3ª temporada – e com um final daqueles na 2ª, mas não daremos spoiler – o desenrolar promete ser ainda mais eletrizante, com o destino dos personagens definido. Para quem ainda não assistiu, vale à pena adicionar na lista da Netflix. Além de ser uma das séries mais vistas do canal, a música trilha do seriado também está entre as mais ouvidas do Spotify.
A cabeleireira e numeróloga Pamela Irion, 34 anos, começou a assistir ao seriado logo que ele estreou na plataforma. “O que mais me chama a atenção na série é o fato de acabar “me envolvendo” com bandidos. É estranho, pois sempre tive o certo e o errado bem definidos na minha caminhada até aqui. Ainda tenho algumas convicções, mas La Casa de Papel me fez estar na casa da moeda da Espanha querendo levar toda aquela grana! De fato, somos roubados todos os dias, e essa crítica social e política está sendo abordada de maneira muito pontual”, explica.
Para a terceira temporada, Pamela nutre expectativas e sentimentos controversos. “Ao mesmo tempo em que me sinto abandonada desde que terminei de assistir a segunda, sempre vem aquela questão de que, se terminou bem, por que continuar? Mas eu levo fé no diretor e na galera que escreve a série”, pontua.
A vendedora Bruna de Souza Nunes, 28 anos, afirma que foi a cunhada sua principal influenciadora para que desse play no primeiro episódio. “O que mais me atrai é a história, como tudo aconteceu. E o personagem do professor é sensacional!”, anima-se.
A primeira temporada, Bruna relata ter concluído em apenas três dias. “Porque prende e você quer saber o final, o que acontecerá com os reféns e com os assaltantes. Os personagens são maravilhosos”, conclui.
Críticas sociais
O que despertou o interesse de Josiele Garcia, 26 anos, por La Casa de Papel foi o fato de fugir do padrão americanizado. Ela confessa que nutre amor pela língua espanhola e resolveu arriscar, por curiosidade mesmo.
“Também me atraiu pelo estilo, pela história. Aquele visual misterioso com macacões e máscaras de Dalí acaba despertando muita curiosidade. O enredo é surpreendente do início ao fim, me prendeu de cara e até o final – que eu nem esperei sair na Netflix, procurei na internet mesmo e assisti em cerca de dois dias”, diz.
Para quem é fã, Josiele acredita que o desfecho agradou. “O legal, pra mim, é que eles não têm misericórdia para com os fãs e matam os personagens principais quando é preciso. Acho que isso surpreende e conquista sempre. Há diversas críticas sociais em todo o decorrer da série. Temas atuais e muito importantes são abordados, como política, aborto, religião e feminismo. É uma série inteligente, onde conseguiram trazer a curiosidade das pessoas a todos esses assuntos e questioná-los como se deve”, termina.