Número de mortes no trânsito cai 17,24% em um ano no Vale do Caí

Vidas perdidas. Foram 48 falecimentos em 2018 contra 58 no ano anterior

O número de mortes no trânsito diminuiu 17,86% no Vale do Caí na comparação de 2018 com o ano anterior. Nos 19 municípios da região, as tragédias nas nossas estradas caíram de 58 para 48. No ano passado, 65% das ocorrências foram em rodovias estaduais, 27% nas municipais e apenas 8% nas federais. Os dados do Detran/RS foram divulgados na quinta-feira.

Nos municípios da área de cobertura do Ibiá – Montenegro, Brochier, Maratá, São José do Sul e Pareci Novo – também houve redução, de 26 para 21 tragédias, representando 19,23%. Por ser o maior município, nos dois anos foram registradas mais fatalidades em Montenegro. Contudo, na cidade também ocorreram menos mortes, de 21 para 18 óbitos, correspondendo a 14,28%.

A tendência de índices mais amenos também foi registrada nos municípios de Capela de Santana e São Sebastião do Caí – 66,67% no primeiro, de 6 para 2, e 33,33% no segundo, de 9 para 6.

Apesar de os números serem positivos, cada vida perdida no trânsito impacta na vida de dezenas, talvez centenas de pessoas. A morte desta forma não significa mais um número nas estatísticas, mas sonhos perdidos, mães, pais e filho enlutados. Neste sentido, a consciência e atenção ao dirigir um carro ou dirigir uma moto assumem grande importância.

“O usuário precisa se conscientizar de que a via é um espaço de uso coletivo. Cada ação dele precisa ser compreendida pelos demais usuários em tempo suficiente para a tomada de decisões para evitar acidentes”, sublinha o chefe da 4ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na qual está inserida Montenegro e parte da região, Paulo Reni da Silva.

A imprudência, alerta o policial rodoviário, ceifa vidas com frequência. Entre as infrações mais graves, ele cita as ultrapassagens irregulares, o excesso de velocidade e o consumo de bebidas alcoólicas. “A velocidade excessiva aumenta a possibilidade de acidente e a gravidade dele. A ultrapassagem, porque na maioria das vezes, causa colisões frontais e com isso a velocidade dos veículos envolvidos é somada. Geralmente, causa lesões graves e mortes. Já o consumo de álcool faz com que o condutor perca sua condição normal de perceber os riscos e tomar a decisão acertada para evitar o acidente”, explica. Por falar em infrações, o número de autuações no Vale do Caí ficou estável na comparação de 2017 com 2018, a redução foi de 0,71%, com 98.369 e 97.668 registros, respectivamente.

O gerente técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Renato Campestrini, concorda com Reni, e acrescenta o uso do celular ao volante, o avanço do sinal vermelho e a falta do uso do capacete por motociclistas. “Qualquer comportamento classificado como infração de trânsito, de forma direta ou indireta, pode vir a causar um acidente, causando lesões ou morte de alguém”, sublinha.

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