Nova juíza toma posse em Montenegro

Tomou posse na tarde dessa segunda-feira, 12 de setembro, a nova juíza que vai assumir a 2ª Vara Cível da Comarca de Montenegro. Jaquelline Santos Silva, de 38 anos, é natural de Brasília. Ela é da turma dos dezenas de juízes empossados pelo Tribunal de Justiça do Estado no início de julho e que, após dois meses de curso de formação inicial, foram designados às comarcas por critérios de vacâncias, afastamentos e criticidade da necessidade das unidades. Desde 2019, havia apenas um juiz para as duas varas cíveis locais, gerando acúmulo de 16 mil processos na 2ª vara, segundo dados divulgados pela OAB. A situação gerava atrasos nos processos da unidade, que também é responsável por Brochier, Maratá, Pareci Novo, Salvador do Sul, São José do Sul e São Pedro da Serra.

“Eu acredito que, com a minha força de trabalho, agora, nós possamos melhorar e, aos poucos, conseguir colocar tudo em dia”, comenta a nova juíza, sobre o desafio que assumiu. Ela diz que, inicialmente, quer conhecer a equipe e o fluxo de trabalho para então analisar se alguma mudança pode ser necessária. Destaca que pretende trabalhar próxima da comunidade. “As minhas portas estão abertas a uma escuta ativa de todas as pessoas que baterem à porta do Judiciário para revolverem os seus problemas. Grande parte do papel do juiz também é essa escuta ativa. Então, eu quero me engajar, quero entregar um trabalho bom e uma jurisdição efetiva, conciliando qualidade com celeridade e, dentro do possível, colocar essa vara em dia.”

Jaquelline é formada pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília e tem pós-graduação na Escola do Ministério Público e na Escola da Magistratura, ambas do Distrito Federal. Teve mais de dez anos de atuação como analista judiciária junto ao Supremo Tribunal de Justiça, onde acumulou experiência com matérias cíveis, de família, fazenda pública, improbidade administrativa, dentre outras. A meta de ser juíza, porém, sempre falou mais alto. “Logo que eu fiz estágio, durante a graduação, eu pude ter contato com o trabalho de magistrados e me encantei com a profissão”, lembra.

A juíza chega a Montenegro como “juíza substituta”, categoria dada aos magistrados em início de carreira. Ainda não há prazo determinado pelo tribunal quanto ao seu tempo de atuação na unidade local, que tem categoria de entrância intermediária; de praxe, para receber juízes já com experiência por remoção (vindos de outra comarca) ou por promoção (promovendo um juiz substituto). “O que aconteceu com todo o meu grupo é que nós fomos designados e, nesse sentido, viemos no interesse da administração (do Tribunal) e enquanto for o interesse da administração”, explica Jaquelline. Assumindo para suprir a necessidade local, ela pode, em tese, ser promovida, de acordo com critérios de tempo, produtividade e outros, para ficar em Montenegro; ou poderá vir outro magistrado para assumir o seu lugar na 2ª Vara Cível, no futuro. (DM)

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