Governo e lideranças da categoria afirmam que os acordos estão sendo cumpridos e que outra paralisação é boato
Circularam, nos últimos dias, mensagens em redes sociais e aplicativos de celular sobre nova paralisação dos caminhoneiros marcada para esta segunda-feira, 4. O governo e reresentantes dos caminhoneiros monitoram a circulação das mensagens e mostram preocupação com os atos, mas garantem de não passam de falsas informações.
Os principais textos que circularam desde o final da paralisação diziam que os líderes dos caminhoneiros avisavam e pediam para os cidadãos brasileiros estocarem comida e encherem os tanques dos seus carros. O motivo seria um veto, por parte do governo, das propostas feitas pelo presidente do Brasil. O texto citava a madrugada de segunda-feira como início do protesto e sugeria que “desta vez o Brasil para de vez”.
Órgãos de inteligência investigam informações
Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha disse em uma entrevista coletiva, na última sexta-feira, que os órgãos de inteligência estão atentos à divulgação de vídeos e notícias falsas que incitem a retomada da paralisação dos caminhoneiros e dizem que o governo não cumpre o acordo. Segundo o ministro, se for necessário, serão tomadas providências. “Não vai ficar sem punição quem tentar descaracterizar a verdade dos atos praticados pelo governo”, disse Padilha.
Conforme o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, o setor de inteligência do governo confirmou que muitas dessas mensagens que circularam nos últimos dias são falsas. “O que existe é um movimento de fake news promovido por alguns que estão sendo monitorados e que a partir de uma ordem judicial serão detidos, porque estão promovendo a desordem e, sobretudo, levando temor à população. Mas eu posso assegurar que não existirá paralisação nacional esta segunda-feira. Isso é fake news e não tem fundamento na realidade”, disse o ministro durante manifestação na televisão.
Lideranças da categoria negam novos atos
Consultados sobre a possibilidade de novas paralisações, lideranças que participaram dos atos em Montenegro garantam que são somente notícias falsas. Alguns já estão em viagem pelo Brasil, trabalhando com normalidade.
Por meio de uma nota publicada no site, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) diz que “agora o que os caminhoneiros mais querem, é matar as saudades de quem está esperando ansioso por eles, descansar da mais longa viagem que fizeram, e depois voltar ao trabalho, seguros de que a partir de agora serão recompensados de forma justa e mais respeitados por todos”.
O presidente da Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes também divulgou uma mensagem reafirmando que a greve acabou.