A pequena Natália Tavares, de 9 anos, que emocionou o Vale do Caí com a sua luta, realizará nesta segunda-feira, 22, uma nova cirurgia. O procedimento ocorrerá em Curitiba, e está marcado para acontecer às 7h. Essa cirurgia, que é a última etapa do seu tratamento, busca a retirada do aparelho hexápode, fixador externo e a implementação das hastes intramedulares.
De pequena, ela só tem tamanho, pois Nati “dá show” em força de vontade. Em março ela passou pelo mesmo procedimento, porém na hora da cirurgia, ocorreu uma complicação. Segundo o pai de Natália, Claudio Tavares, a equipe médica optou por cancelar a retirada do fixador externo.
Mas o sonho da família e de todos que a acompanham está prestes a se realizar. Amanhã, 19, pela manhã a menina que já estará em Curitiba para passar por exames pré-operatórios e pela tarde terá uma consulta com o anestesista para que a equipe médica se certifique que há total condições para que tudo ocorra bem. A expectativa é que a cirurgia esteja concluída até por volta do meio dia da segunda-feira, e que a menina volte em uma semana para a cidade.
De acordo com Claudio, a filha passa por acompanhamentos todos os meses, para se certificar da sua situação. “A boa notícia é que depois a gente vai encaminhar ela para a Aacd em Porto Alegre e vamos fazer as botinhas para ela, então ela vai poder voltar a caminhar”, comunica o pai com alegria. A menina já consegue ficar em pé com a ajuda de andador, e com as hastes se espera que em 30 dias ela já vai estar caminhando livremente.
Claudio Tavares conta que assim que Natália conseguir caminhar a família quer visitar a todos que ajudaram nesta luta. “É claro que a gente sempre fica apreensivo antes de uma cirurgia invasiva, mas estamos com um sentimento de estar concluindo esta etapa, é uma vitória”, fala Claudio. A pequena irá retirar as hastes somente daqui a três anos, e enquanto a cirurgia não acontece Natália está a mil, sonhando com coisas simples como tomar seu banho sozinha e brincar na Educação Física da escola.
Natália luta contra uma doença neurológica rara, chamada Neurofibromatose (NF1). Ela foi submetida a uma série de cirurgias, e obteve resultados importantes. Um ano atrás, o Jornal Ibiá contou a sua história e o desejo da família de reverter os prognósticos médicos, que indicavam a amputação do membro esquerdo. A família apostava em um tratamento fora do Brasil, mas após uma viagem realizada a Curitiba, no Paraná, Natália descobriu que poderia se tratar em sua pátria natal.