Mais uma etapa. Menina deve voltar para o Rio Grande do Sul ainda hoje e seguir com o tratamento por aqui
Na manhã desta segunda-feira, 11, a menina Natália Tavares passou por mais uma cirurgia. A operação, que buscava retirar o aparelho hexápode, fixador externo e a implementação de uma placa de sustentação para encerrar uma etapa do tratamento, começou por volta das 8h15min. Porém, na hora do procedimento, ocorreu uma complicação. Segundo o pai de Natália, Claudio Tavares, a equipe médica optou por cancelar a retirada do fixador externo. “Ao tentar retirar o pino principal de fixação que atravessa o ossinho da canela, ocorreu uma mobilidade na área do enxerto e o médico Richard Luzzi percebeu que haveria a necessidade de deixar o fixador externo por mais um tempo a fim de não arriscar tudo o que já foi feito na cirurgia anterior”, relatou Claudio. Porém, isso não desanima a família nem os muitos que torcem por Natália. “Está tudo bem com ela. Só não era a hora”, complementa Claudio, citando também que o pé agora ficou liberado do equipamento.
A notícia mudou os planos da família. Já na sexta-feira, 8, Natália estava em Curitiba para passar por avaliação com anestesista e fez exames de sangue para que a equipe médica se certificasse de que havia condições para tudo ocorrer. No final de semana ela pode passear e reencontrar amigos que fez na capital do Paraná. Mas, como haveria outros procedimentos nas próximas semanas, a ideia era seguir em Curitiba. Agora, a expectativa é que Nati já retorne ao Rio Grande do Sul hoje, 12.
A cirurgia desta segunda-feira havia sido marcada após a equipe médica acreditar que as células-tronco retiradas da bacia da menina tinham sido absorvidas pelo organismo e formaram um osso novo na área antes afetada pelo Neurofibroma. Isso foi explicado por Claudio Tavares na oportunidade da marcação do procedimento cirúrgico. A perna de Natália já mostra bastante consolidação. “A estratégia agora é incentivar Nati a colocar o pé no chão para ajudar a produzir mais cálcio e reforçar o ossinho novo através de caminhada para numa próxima fase retirar o fixador”, diz o pai. Se o tratamento seguir evoluindo bem, espera-se que em 2020 Natália possa desfrutar de sua independência.
Natália luta contra uma doença neurológica rara, chamada Neurofibromatose (NF1). Ela foi submetida a uma série de cirurgias, e obteve resultados importantes. Em julho de 2018, o Jornal Ibiá contou a história desta guerreira e o desejo da família de reverter os prognósticos médicos, que indicavam a amputação do membro esquerdo. A família apostava em um tratamento fora do Brasil, mas após uma viagem realizada a Curitiba, no Paraná, Natália descobriu que poderia se tratar em sua pátria natal.