Menina que sofre de Neurofibromatose e pode perder a perna poderá ser operada em Curitiba, mas família pede ajuda
Desde os primeiros meses de vida, Natália Tavares luta contra uma doença neurológica rara, chamada Neurofibromatose (NF1). Com o passar dos anos ela foi submetida a uma série de cirurgias, e obteve resultados importantes. Mas hoje, aos 8 anos de idade, a pequena enfrenta um de seus maiores desafios, vencer uma batalha onde o que está em jogo é a própria perna. No mês de julho, o Jornal Ibiá contou a história da “guerreira” e o desejo da família dela de reverter os prognósticos médicos, que indicam a amputação do membro esquerdo. Para evitar que isso pudesse ocorrer, a família apostava em um tratamento fora do Brasil, mas após uma viagem realizada a Curitiba, no Paraná, Natália descobriu que poderá se tratar em sua pátria natal.
No princípio, inspirados no exemplo de uma outra menina, também brasileira, que recebeu atendimento no Paley Institute, nos Estados Unidos, a família de Natália acreditava que lá estaria a solução para o problema dela. Contudo, ao entrar em contato com o doutor Richard Luzzi, profissional brasileiro que também atua Paley, foi descoberto que a cura está mais perto do que se poderia esperar. Agora o cenário dessa história passa a ser outro, relata o pai da Natália, Cláudio Tavares. “O próprio Instituto Paley indicou uma clínica, junto ao Hospital Vita de Curitiba, que vem se tornado especialista em reconstrução óssea, que é o que a Natália precisa fazer”.
A partir dessa notícia, a família passa a correr contra o tempo para arrecadar o dinheiro necessário para a cirurgia e implementação de um aparelho chamado hexápod, um equipamento ortopédico que, aos poucos, irá reconstituir os óssos da perna da menina. Para a cirurgia e a compra do equipamento, que terá de ser importado, será preciso cerca de R$100 mil, metade do valor previsto caso o atendimento ocorresse fora do país. Cláudio conta que a avaliação médica feita no Centro de Excelência em Reconstrução Óssea (CERO), em Curitiba, não deixou dúvidas sobre a urgência da realização da operação. O desgaste dos ossos está em evolução e é preciso reverter essa situação através do tratamento com o hexápod.
O objetivo é conseguir recursos para que a operação ocorra até o final de setembro. Durante três meses Natália terá de ficar sob constante acompanhamento dos profissionais do CERO. Por isso, a família terá de se mudar para Curitiba para facilitar o acesso da menina ao tratamento. Movidos pela esperança de ver a filha levar uma vida normal, os pais de Natália mobilizam a sociedade montenegrina. “Cada real é totalmente válido e faz a diferença. É com o conjunto de pequenas doações que a gente vai conseguir chegar na reta final”, destaca Cláudio.
A Dupla Gre-Nal ajudará Natália a realizar seus sonhos
A campanha “Juntos com a Natália” teve início no Facebook e no Instagram. Nessas redes sociais, é possível saber mais sobre o caso da menina e ter acesso aos números das contas bancárias para doações. Recentemente, também foi criada a “Vakinha juntos com a Natália”. Mas o que realmente vem mexendo com o sentimento da torcedora tricolor é saber que a dupla Gre-Nal apoia sua luta. “Extraoficialmente falando, temos novidades muito boas vindo por ai” conta Cláudio. “O time do coração dela, o Grêmio, entrou pra dar um apoio. A Natália vai entrar em campo com os jogadores na partida Grêmio e Botafogo, no dia 1º de setembro”, revela o pai.
A rivalidade não ficou de fora nessa história, mas por uma justa causa. “O pessoal do Inter aqui de Montenegro se mobilizou. Uma camiseta está sendo autografada pelos jogadores e deve chegar aqui ainda essa semana”, diz o pai, que é colorado, assim como a esposa, Daniela Barboza Tavares, e a filha mais velha do casal. “O Grêmio além de realizar o sonho da Natália de entrar em campo com os jogadores, também vai doar uma camiseta”, completa.
Ambas as peças do uniforme da Dupla serão rifadas. Cláudio até já deu nome para a ação “Gre-Nal beneficente”. O início da venda das rifas será divulgado nas redes sociais. A família agradece a todos que estão colaborando com através de doações. “Só tenho uma coisa para dizer a comunidade de Montenegro, muito obrigado pelo que estão fazendo por nós”, conclui.
Veja a entrevista em vídeo com Cláudio Tavares