Obras. Principal rua de comércio ficará fechada até sexta-feira para substituição da rede de água da Corsan
Não teve desfile na rua Ramiro Barcelos, mas o Carnaval foi bem movimentado. Na avenida, o trânsito foi interrompido. A retroescavadeira serviu de abre-alas. Um bloco de cinco pessoas levantou muita poeira. Elas também fizeram a percussão ao quebrar o asfalto para a nova tubulação de PVC em uma passarela subterrânea de 294 metros de extensão, entre as ruas Santos Dumont e a Osvaldo Aranha.
Tudo foi pensado para que os foliões aproveitassem a Festa de Momo sem preocupações nem inconvenientes. “Deixamos a obra para o Carnaval para evitar transtornos ao comércio e também no trânsito”, afirma o gerente local da Corsan, Lutero Fracasso. A obra deve estar concluída até sexta-feira, dia 3, “se não houver transtornos”.
A substituição de rede de fibrocimento, que tem mais de 50 anos, por tubos de PVC atinge 45 ramais consumidores, entre lojas, prédios e casas. Serão realizadas em três etapas. Na primeira, a instalação da rede principal de 60 milímetros de diâmetro. A segunda fase é a recolocação do asfalto e, na sequência, a colocação de canos de 20 milímetros do meio-fio aos hidrômetros. Somente na terceira intervenção é feita a ligação da rede nova ao quadro. “Vai ser pouco tempo sem água. Antes do meio-dia [de sexta-feira] está pronto”, ressalta Lutero. Algumas dificuldades podem surgir se chover ou no momento de fazer a ligação final — etapa mais delicada em função dos detalhes, segundo Fracasso.
Quem não mora no trecho ou precisa fazer descargas em lojas podem entrar e sair pela Ramiro, basta conversar com o pessoal das obras. “Nosso fiscal está acompanhando o trabalho. E se ele não estiver em determinado momento, basta mover os cones e deixar no mesmo lugar que encontrou pra manter a rua fechada”, diz Lutero.
A gerente de farmácia Ariane Pedrolo conta que para o comércio foi ótima a ideia de realizar o serviço no Carnaval. “A gente já esperava uma queda no movimento por causa do feriado e não nos atrapalhou em nada. Temos água na caixa. Vamos ter que ver só como receber as encomendas, mas se resolve”, diz. Já a gerente de loja Tatiane Sá Brito tem expectativa de que terminem os constantes desabastecimentos. “Vai parar essa função de vazamento na Ramiro. Esperamos que resolva o problema de vez”, acredita a comerciária.
Saiba mais
Montenegro tem 250 quilômetros de rede de água. Há um cronograma para substituir mais de 10 mil metros do canos de fibrocimento, rede muito antiga que rompe com facilidade. “Na Ramiro foram cinco consertos em 90 dias. Isso é muito para região central”, explica o gerente da Corsan.
O PVC tem vida útil de 60 anos. A troca evita o desperdício de água, diminui os chamados e reduz custos para o contribuinte ao mesmo tempo em que melhora a qualidade do serviço. A cidade também conta com um mapa digitalizado dessa rede, que está sendo finalizado pelo engenheiro Ângelo Marcelo Faro, o que agilizará o planejamento dos reparos.
