Na praia, cuidado com a saúde alimentar

Praia é lugar de relaxar e sair da rotina. Mas, é preciso ter cuidado com a alimentação para não cometer erros que possam causar danos à saúde. Excessos como frituras e bebidas alcoólicas são comuns de ocorrerem, diante de tantas opções ofertadas nos quiosques e pelos vendedores ambulantes. A saída para não cair nas tentações e ainda economizar um dinheirinho é preparar em casa o que será consumido na beira mar.

A nutricionista Cristiane Junges afirma que, nas férias, é possível fazer boas escolhas alimentares sem perder o sabor, a praticidade e a segurança alimentar. “A gente se preocupa em levar toalha, protetor solar, cadeiras, guarda-sol, água, chimarrão… mas, nunca lembramos de organizar uma marmita, ou pelo menos lanches”, observa a nutricionista.

Esse comportamento, segundo ela, acaba fazendo com que os veranistas se rendam ao que há disponível: pastel, peixe frito, batata frita, queijo coalho, picolé e outras opções cheias de gordura e açúcar. “É comum ver famílias e grupos de amigos passarem o dia inteiro em frente ao mar. O bate-papo é frequentemente regado a drinks alcoólicos e quitutes gordurosos, mas prego cautela para que a diversão não termine, por exemplo, em uma indisposição e diarreia no dia seguinte”, alerta Cristiane.

A nutricionista aponta opções simples, práticas e nutritivas que vão ajudar a manter a saúde alimentar mesmo nos dias de férias aproveitando a beira da praia. “Os nuts e sementes como castanhas de caju, nozes, sementes de abóbora, de girassol, pistache, amêndoas, amendoim, avelãs, são uma ótima alternativa para pequenos lanches”, lista a especialista.

As barras de cereais ou de proteínas também podem fazer parte da lista de lanches saudáveis, mas é importante escolher as mais naturais, sem açúcar ou adoçantes, e que tenham uma boa relação entre carboidratos, gorduras e proteínas.

As frutas são uma ótima opção. Cristiane salienta que além de terem embalagens naturais – as cascas -, são ricas em água, o que ajuda na hidratação e também em vitaminas e minerais, substâncias que são perdidas com o suor no calor, e necessitam reposição. “Para levá-las descascadas e picadas, opte apenas por aquelas que não estragam como melancia, melão, abacaxi, laranja, mamão”, dá a dica.

Tenha cuidado também com o acondicionamento das refeições que serão transportadas para o local de lazer. “É importante que se acondicione adequadamente os alimentos, em potes de vidro e em bolsas térmicas bem vedadas”, orienta Cristiane.

Sanduíche pode substituir o almoço?
Pode sim, diz a nutricionista. Mas deve ser preparado com ingredientes nutritivos. Para substituir o almoço, o sanduíche natural é uma boa opção nutricional e econômica. “Faça com pão integral, evite manteiga, requeijão e maionese (são muito perecíveis), opte por azeite de oliva e coloque bastante salada crua (alface, tomate, rúcula, cenoura, beterraba, agrião). Pode adicionar atum, sardinha ou frango desfiado”, ensina.

Outra opção saudável para o almoço, principalmente para quem deseja manter a forma, são os palitos de cenoura, pepino e pimentão. Opções como picles cenoura, cebola e pepino em conserva, ovos de codorna, pimentinhas, tomate seco, batata bolinha, vagem, beterraba, cogumelos são cheias de sabor, práticas e fáceis de levar na bolsa sem necessidade de refrigeração.

Quer sobremesa? Tem também
Levar frutas e vegetais secos para a praia é uma dica valiosa. Eles são cheios de nutrientes, leves e não necessitam de refrigeração. Lascas de coco, banana, maçã, manga, ameixa, uva, cenoura, batatas e abobrinha são opções disponíveis no mercado ou ainda podem ser feitos em casa.

Cuidado para não desidratar
Cristiane Junges aponta para o problema causado pela combinação álcool e temperaturas elevadas, a desidratação. “Às vezes a pessoa tem a falsa sensação de que a cerveja e a caipirinha matam a sede porque são geladinhas. Muito pelo contrário, o álcool da bebida vai fazer com que o corpo perca mais água”, explica a nutricionista. O calor leva à transpiração e provoca acelerada perda de líquidos. Além disso, o álcool inibe a produção de vasopressina, um hormônio antidiurético que faz com que o corpo, para não desidratar, reabsorva a água presente principalmente na urina.

Cristiane detalha ainda a ação resultante do consumo das bebidas no organismo. “Quando o álcool está presente no sangue, ele faz com que a água seja excretada. É por isso que a pessoa, quando bebe, costuma ir ao banheiro toda hora. E o álcool é absorvido nas paredes do intestino. Há pessoas que bebem muito e têm diarreia. Até a pele fica ressecada”.

Para quem não abre mão da cerveja, caipirinha ou qualquer outro drink tido como refrescante, o ideal é consumi-lo moderadamente e beber também água, sucos ou água de coco durante o período. “A água de coco é rica em potássio e cálcio, ajuda  no tratamento de infecções intestinais e no controle da pressão alta. Ela é refrescante e hidrata também”, pontua Cristiane.

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