Governo do Estado barra a abertura até o dia 30 de abril nas 34 cidades da Região Metropolitana, mas Montenegro mantém autorização
Seria um sábado normal de compras pelo comércio de Montenegro se não fosse por pessoas utilizando máscaras e luvas, além de diversas lojas fechadas na cidade. Apesar da grande maior parte dos estabelecimentos terem reaberto a partir do decreto municipal válido desde esta quinta-feira, 16, as compras ainda não normalizaram, mas o movimento já aumentou desde a abertura.
Álcool em gel nas portas das lojas, funcionários com máscara e higienização constante foram algumas das medidas da liberação do comércio. Além disso, é estritamente necessária a limitação de circulação dentro dos espaços para 30% da capacidade prevista no Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI).
Mas não é só os comerciantes e funcionários que estão se protegendo. Dezenas de pessoas caminhavam pela rua Ramiro Barcelos com máscaras e luvas. A jovem Fernanda Kerber é uma delas, que aproveitou o momento para fazer as compras que necessitava com rapidez e bem protegida. “Na verdade eu deixei pra fazer hoje o que eu não tinha conseguido fazer ainda durante esse mais de um mês, então eu aproveitei pra vir agora rapidinho”, comenta.
Fernanda foi com a sua compra em mente e não desviou do objetivo, e segundo ela só voltará às compras se muito necessário. Sobre as lojas que esteve ela comenta surpresa por certas atitudes. “Me chamou a atenção que em algumas lojas as atendentes nem estão de máscara, mas o fluxo eu achei normal. E no geral o pessoal está respeitando bastante”, diz.
Quem também aproveitou o momento foi a idosa Maria do Carmo, que também de máscara passou rapidamente em algumas lojas. “Na verdade isso aqui [compra] é uma encomenda que eu vim pegar”, fala. Sempre preocupada com a higienização e a distância, Maria acredita que muitos estão se cuidando nas lojas.
Ainda nesta quinta-feira, 16, a Associação dos Municípios do Vale do Caí (Amvarc) enviou um ofício ao governador Eduardo Leite solicitando dispensa das restrições no comércio para Montenegro, Capela de Santana, Portão e São Sebastião do Caí. A explicação é que as quatro cidades estão “distantes do dia a dia da Região Metropolitana”. O governo do Estado ainda não se posicionou sobre o pedido da Amvarc.