Mulheres vítimas de violência passarão a ter atendimento preferencial na Saúde, em Montenegro. A regra está em um projeto de lei de autoria do vereador Talis Ferreira, do Progressistas, e foi aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores na sessão ordinária dessa quinta-feira, 24 de março. Ela será sancionada pelo prefeito Gustavo Zanatta nos próximos dias. “Muitas vezes, as mulheres que são agredidas, que sofrem a violência doméstica, acabam por ficar na fila, passando por um constrangimento que é duplo. Ela já está passando pelo constrangimento de ter sido agredido e ainda tem que esperar na fila de um hospital ou de um posto de saúde, o que nós entendemos que não é correto”, explicou Talis.
O texto abrange as unidades básicas de saúde (UBS’s), as estratégias de saúde da família (ESF’s) e hospitais públicos e privados. Ele esclarece que, para fins da lei, “entende-se como mulher as pessoas que se identificam com o gênero feminino, inclusive mulheres trans e travestis”. Os espaços de atendimento deverão fixar, em local visível, orientações quanto à prioridade no atendimento das mulheres que sofreram violência. Em sua justificativa, Talis apontou o crescimento alarmante de denúncias de violência contra a mulher registrados no País durante a pandemia. Ele adicionou que a medida pode auxiliar na mitigação de danos psicológicos e emocionais que possam acometer a mulher já violentada fisicamente.