Mulheres que Brilham: Therezinha Petry Cardona “Um povo cresce através da cultura”

ENTUSIASTA DA ARTE ela é conhecida por seu legado em Montenegro

Therezinha Petry Cardona é reconhecida como a figura mais lembrada pela população montenegrina no segmento Cultura do Prêmio Mulheres que Brilham 2023, promovido pelo Jornal Ibiá. Comprometida e dedicada à cultura, sua trajetória a fez conquistar lugar de destaque na memória da comunidade. “O desenvolvimento de um povo se dá através da cultura e da educação. Fui premiada na vida, sempre trabalhei com o que gosto. Só tenho a agradecer à Deus”, afirma.

Dona de uma história de vida que renderia um livro, aos seis anos ela já tocava suas primeiras notas ao piano. A dedicação à cultura e a vida pessoal sempre andaram lado a lado. Ela cursou magistério. Casou-se aos 19 anos com Roberto Athayde Cardona, com quem teve cinco filhos.

Therezinha desempenhou papel significativo na retomada do Conservatório de Música. Seu esposo foi responsável pela reabertura do local, em julho de 1973, em comemoração ao centenário do Município.
Desde a sua criação, a instituição atraiu professores de renome internacional, inclusive da França, sendo reconhecida como a primeira sociedade de música fora de Porto Alegre. Inicialmente, contava com 40 alunos, mas logo expandiu suas atividades para incluir aulas de violão, balé e outros, o que exigiu a ocupação de diferentes prédios. O aumento do número de cursos oferecidos também levou a alteração do nome, dando origem a denominação de Fundação Municipal de Artes de Montenegro, Fundarte. Em 1984, com o projeto Cura, a Fundarte encontrou sua casa permanente.

Em 2023, ao comemorar os 50 anos da Fundarte, Therezinha expressa sua satisfação em ver os mesmos objetivos mantidos ao longo do tempo. Ela destaca que a instituição é amplamente reconhecida e valorizada em diversas regiões, dentro e fora do Rio Grande. Considerando o número populacional e Montenegro, cerca de 70 mil habitantes, Therezinha ressaltando que não há outra cidade com uma fundação cultural como a Fundarte. Para ela, é fundamental que as pessoas visitem e conheçam a estrutura da Fundarte.

Therezinha enfatiza que sua carreira foi marcada por uma sequência de eventos, onde ela lutou pelo que amava e foi recompensada pela vida. Ela se sente abençoada por ter trabalhado ao longo da vida com algo que ama. Suas experiências em várias escolas e assistindo apresentações de orquestras ao redor do mundo ratificam sua convicção sobre os reflexos positivos que a cultura e a educação trazem à vida dos cidadãos.

Seu marido, Cardona, sempre a incentivou a trabalhar e nunca a impediu de realizar seus projetos. “Quando se tem um sonho deve-se seguir sem desanimar. Os tropeços do caminho são grandes. Devemos focar no que se pode tirar de proveito, não nas dificuldades”, aconselha Therezinha.

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