Quando o desemprego bate à porta é preciso pensar nas oportunidades
O trabalho informal se tornou cada vez mais comum depois da crise econômica no Estado. Os profissionais que hoje ocupam uma grande parcela desse mercado, no passado, já tiveram um emprego com carteira assinada, e muitos não pretendem voltar. A maioria quer passar da informalidade para a parcela dos microempreendedores individuais.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE, mostra o aumento do mercado informal, e que os trabalhadores por conta própria também chegaram ao maior nível na pesquisa, 23,3 milhões, pouco mais de um quarto do total da população ocupada no país. Entre os grupos de atividades, a agricultura, indústria e construção apresentaram as menores participações na série. O aumento da informalidade influenciou, em parte, o crescimento nas atividades de serviços domésticos, comércio, alimentação, transporte e outros serviços.
Com muita garra e determinação Jeninfer Andiara Oliveira Nunes de 30 anos, deu a volta por cima. Trabalhou de carteira assinada como atendente de padaria e perdeu o emprego no ano passado, e foi no aniversário do filho que surgiu a idéia de fazer mini tortinhas para os convidados. “Eu mesma que inventei a receita das tortinhas de morango com chocolate e fez um sucesso tão grande, que minhas amigas perguntaram se eu aceitaria algumas encomendas, foi ai que vi uma oportunidade de ter um futuro melhor”. Comenta.
Jennifer começou a fazer pequenas encomendas para seus amigos, familiares e vizinhos. “Trabalhei na padaria somente de atendente, vi que teria que buscar um curso profissionalizante, então poupei dinheiro para fazer minhas primeiras aulas. Foi um curso pequeno onde aprendi a fazer doces e salgados, assim ampliei minhas vendas, quero me aprimorar sempre”, relembra.
Microempreendedor Individual o que é?
O microempreendedor individual – MEI é a pessoa que trabalha por sua própria conta e que se legaliza como microempreendedor. A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, foi a responsável por criar a possibilidade do trabalhador informal se legalizar e passar a ter benefícios.Essa é uma opção para o trabalhador informal, já que tornando-se um microempreendedor individual – passará a ter CNPJ, o que lhe proporcionará maior facilidade para abertura de conta bancária, contratos com órgãos públicos, financiamentos e emissão de notas fiscais.
O microempreendedor individual – MEI está isento de tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL), contudo, há outros valores a pagar. Trata, contudo, de programa diferente do Simples Nacional.
O MEI deverá pagar apenas valor fixo mensal de R$ 50,90 (comércio ou indústria) ou R$ 54,90 (prestação de serviços) ou R$ 55,90 (comércio e serviços). Esses valores são correspondentes ao INSS, mais R$ 5,00 (Município – Prestadores de Serviço) ou R$ 1,00 (Estado – Comércio e Indústria). O valor de INSS corresponde a 5% do salário mínimo e, portanto, pode ser reajustado.
Dedicação a palavra chave para o sucesso
“A possibilidade de aumentar minha renda agora na Páscoa é muito boa, vou fazer ovos de colher, quero variar recheios e coberturas. Só uso chocolate de alta qualidade para que o produto ultrapasse as expectativas dos clientes”. Segundo Jennifer isso é o que fideliza e encanta o consumidor. Para conseguir alcançar um público maior ela utiliza as redes sociais para divulgar os produtos da J.A Delícias. “Foi difícil, pois não sabia mexer muito bem com esses meios de divulgação, mas todos aqui em casa me ajudam”. O marido de Jennifer perdeu o emprego faz seis meses. Desde então, virou seu auxiliar nos pedidos e entregas dos produtos. Quando os pedidos são muitos ela recorre á irmã e sobrinhas para lhe socorrer na hora do aperto. “Meu grande sonho é ter um pequeno café “Gourmet”, onde eu possa oferecer mini tortas e doces de todas as variedades possíveis e gerar empregos”. “Logo vou virar uma microempreendedora individual para garantir meus direitos”. Afirma com um largo sorriso no rosto.