“TODOS vamos sentir sua falta e a dor dessa ferida que nunca vai curar”, diz amigo de Chaiane Bennemann
Alegre, bondosa e cheia de sonhos para o futuro. É assim que Chaiane da Fonseca Bennemann, de 23 anos, é descrita pelos amigos. A montenegrina que tornou-se mais uma vítima do trânsito, na noite dessa segunda-feira, dia 2. Ela conduzia uma moto Yahama MT- 03, que colidiu com um automóvel GM Onix na altura do quilômetro 31 da ERS-124, próximo à ponte que dá acesso à localidade de Calafate. A motociclista não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A perda gerou comoção na comunidade.
Segundo amigos da de Chaiane, na hora do acidente ela estava indo a Porto Alegre. Conforme a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o motorista do automóvel não quis fazer o teste de bafômetro e foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).
“Todos vamos sentir sua falta e a dor dessa ferida que nunca vai curar”, diz Jonathan Dutra Graeff, de 27 anos, amigo da jovem. A dor do rapaz é partilhada por outros amigos de longa data e colegas de trabalho de Chaiane. “Só quem conheceu a Chai sabe o coração que tinha. Não teve alguém que tenha passado na vida dela que, de alguma forma, ela não tenha ajudado”, relata Elisandra de Souza, 35 anos. “A Chai era uma mulher alegre, feliz, esbanjava amor, estava sem disposta a fazer tudo por todos”, complementa Laisa Farias Pavanate, 19.
O espírito caridoso da jovem é ressaltado pelos integrantes da Equipe Sem Controle. Vitória Clementz, 20 anos, destaca que a ação solidária de Natal, promovida pelo grupo, foi pensada no dia do aniversário de Chaiane, em 26 de novembro, e contou com forte atuação dela para virar realidade.
Guilherme Cristiano e Amanda Vargas ressaltam que sempre irão lembrar os momentos de alegria vividos junto com Chaiane. Assim como eles, outros integrantes da Equipe Sem Controle manifestam a dor da perda e o consolo à família de Chaiane.
A jovem morava no bairro São Paulo, na companhia da mãe, do irmão e do padrasto. Em 2019 ela começou a trabalhar como auxiliar de farmácia no Hospital da Unimed Vale do Caí. Em março de 2021 foi transferida para o setor de TI da Unimed, onde cumpria funções de auxiliar administrativa. “Chaiane possuía um entusiasmo próprio, e com ele desenvolveu atividades administrativas. Sua atitude alegre e entusiasmada fez com que ela se tornasse uma daquelas raras pessoas que são unanimidade entre seus colegas”, revela Carlos Sérgio Schneider, gerente de Tecnologia da Informação.
Além dos amigos, Chaiane deixou para trás uma série de sonhos a serem realizados. Neste novo ano, a garota começaria a cursar Logística. “Nos inscrevemos no final de 2022, uma incentivou a outra”, conta Vitória. Recentemente, Chaiane, obteve duas conquistas com as quais por muito tempo sonhou: uma delas foi tirar a habilitação para dirigir carro. A outra foi adquirir a motocicleta MT – 03, a qual pilotava no momento do acidente que tirou sua vida.
O velório de Chaiane começou na noite dessa terça-feira, 3, na capela da Funerária Forneck Mattana, no bairro Cinco de Maio. O sepultamento está previsto para as 11h, desta quarta-feira, dia 4, no Cemitério Municipal de Montenegro.
