Por volta das 9h da quarta-feira, 28, o militar aposentado e tradicionalista Pedro Cândido Angeli, 70 anos, faleceu em decorrência de um câncer. Pedro estava internado desde o último sábado no Hospital Unimed Vale do Caí. A doença foi descoberta em novembro do ano passado e, desde então, vinha realizando tratamento.
Natural de Venâncio Aires, ele deixa a esposa e cinco filhos, três do primeiro casamento e dois com a atual companheira Terezinha Vânia Chassot Angeli, além de quatro netos e dois bisnetos. Segundo a filha Vânia Angeli, na terça-feira, 27, em comemoração aos 29 anos de união, os pais realizaram uma cerimônia religiosa de casamento no hospital, já que o casal tinha compromisso firmado apenas no civil.
“Ele foi Patrão do CTG Estância de 2002 a 2005. Também foi coordenador da 15ª Região Tradicionalista por oito anos, de 2008 a 2015, além de conselheiro do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Meu pai foi, também, presidente da Comissão organizadora da Semana Farroupilha em Montenegro. Era uma boa pessoa e com certeza quem teve oportunidade de conviver com ele nutre boas lembranças”, destaca a filha.
O velório acontece na Capela mortuária São João, e o enterro será às 10h desta quinta-feira.
“Meu pai foi um grande homem, sempre trabalhou com seriedade e buscou o melhor ao próximo. Construiu muita coisa boa e fez muitos amigos”, conclui a filha.
Manifestações de carinho
Diversos amigos e conhecidos prestaram condolências à família através das redes sociais. Pela página do Facebook, Januario Correa, o 5° Batalhão da Brigada Militar também publicou uma nota de pesar. Com texto assinado pelo Capitão Oscar Bessi Filho, a manifestação afirmava a contribuição de Pedro, sua notoriedade e referência principalmente no meio cultural sul-brasileiro e por sua reconhecida militância no tradicionalismo gaúcho.
“Defensor árduo do fortalecimento da nossa identidade e da preservação do patrimônio cultural, Pedro Angeli acreditava na Educação e nos bons valores humanos como instrumento de evolução para uma sociedade mais digna, justa e cidadã, sendo incentivador dos projetos de conscientização e prevenção às drogas e à violência para crianças em idade escolar”, ainda traz a nota.
Amiga há aproximadamente sete anos de Pedro, Liane Schneider, 53 anos, atuou durante a coordenação dele na 15ª RT como diretora do Departamento Cultural da entidade. “Faz cinco anos que perdi meu pai, então, eu via no Pedro a figura do meu pai”, relata emocionada.
Destacando toda a benevolência e empenho do tradicionalista, Liane destaca a grande pessoa que ele foi. “O respeito que tinha pelas pessoas, pelas crianças, isso são coisas que ele, como coordenador, sempre pregou dentro da Região. Durante sua gestão na 15ª, teve muita visão, levando-a a ser um grande nome dentro do MTG”, salienta.
Relembrando as viagens Rio Grande do Sul afora, acompanhada do amigo, e eventos em que participaram juntos, a ex-diretora cultural conta que muito aprendeu com Pedro. “Ele sempre puxava o terço durante as viagens, dizia: vamos rezar? E aquilo não era um costume que eu tinha. Isso marcou muito, me ensinou. É uma lembrança bem forte que tenho. A morte dele foi uma grande perda. O Pedro era uma grande pessoa”, conclui.