Colisão ocorreu em 2 de maio perto do viaduto com a BR-386
Dezoito dias após o grave acidente ocorrido no final da manhã de 2 de maio, uma quinta-feira, no km 39 da ERS-124, mais um motorista foi a óbito. Antônio Cezar Figueiredo de Oliveira, de 56 anos, faleceu no início da tarde da última segunda-feira, 20, na UTI do Hospital Montenegro (HM Regional). Ele foi sepultado na tarde do dia seguinte, terça-feira, no cemitério de Nova Santa Rita.
Antônio, também conhecido como “Toni”, era morador da localidade de Porto Garibaldi, próximo da BR-386, em Montenegro. No dia do acidente ele ainda tentou salvar alguns pertences em sua casa, que foi bastante afetada pela enchente. Depois foi em seu automóvel Fiesta buscar a esposa Tânia, de 65 anos, que faz tratamento de hemodiálise no HM. Mas, ao chegar no hospital, soube que ela já tinha sido levada pela equipe da Secretaria da Saúde para a localidade de Vendinha, onde estava na casa de familiares devido à inundação. “Não consegui avisar ele devido à falta de sinal no telefone. Acabei sendo liberada da hemodiálise antes”, recorda Tânia. No retorno acabou ocorrendo a tragédia.
O acidente
A colisão frontal entre o Fiesta de Antônio e um Fiat Uno com placas de Triunfo ocorreu pouco antes do meio-dia. O motorista do Uno morreu no local. Ederson da Costa Cavalheiro, de 42 anos, conhecido como “Edinho”, tinha 42 anos e morava na localidade de Bom Jardim do Caí, também em Montenegro. Uma passageira do Uno, de 33 anos, também foi levada ao HM.
Já Antônio Cezar sofreu lesões graves por diversas partes do corpo, ficando entubado e inconsciente. “Ele só acordo um dia e olhou para mim”, lembra Tânia. A esposa conta que “Toni” foi submetido a cirurgia devido às várias fraturas, como de bacia, fêmur, costelas e lesões na cabeça. E não resistiu aos graves ferimentos.
O casal residia há cerca de doze anos em Porto Garibaldi, uma das localidades mais atingidas pela enchente. “Foi a primeira vez que entrou água lá em casa”, afirma Tânia, citando que tinha com o marido um relacionamento de 15 anos. Ele não tinha filhos.
“Estava muito feliz. A gente pescava e fazia churrasco na beira do rio”, conta. Recorda que Antônio era marceneiro e pedreiro tendo trabalhado também em empresa de palets e numa serraria. “Ele fez muitas obras. Era um homem de muito caráter, que vivia se dedicando para mim”, relata. “Agora estou sem chão”, completa, lembrando que dois dias antes do acidente “Toni” tinha comemorado aniversário com familiares e amigos.